PF prende mafioso italiano em Goiânia durante ação contra o tráfico
Quadrilha investigada pela Polícia Federal enviava para a Itália cocaína escondida em pisos de mármore e granito
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (24/8), a Operação La Spezia, contra um grupo especializado em tráfico internacional de drogas. Os criminosos utilizavam os portos do Espírito Santo para enviar para a Itália grandes quantidades de cocaína escondidas em pisos de mármore e granito.
São cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sendo um em Goiás e um em Santa Catarina. Também são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no Espírito Santo (3), em Goiás (1) e Santa Catarina (1).
A Operação La Spezia teve início com informações recebidas da Itália, referentes a uma apreensão de 338kg de cocaína no porto italiano de La Spezia – ocasião em que quatro pessoas foram presas em flagrante: um brasileira, um italiano e dois albaneses. A droga foi apreendida em 28 de dezembro de 2020 e estava escondida entre pisos de granito produzidos e embarcados no Espírito Santo.
A partir de então, autoridades brasileiras estabeleceram medidas de cooperação internacional junto à Guardia de Finanza, autoridade italiana responsável pela ação policial naquele país. Assim, foram compartilhadas todas as provas produzidas em território italiano para ajudar a determinar os envolvidos na exportação criminosa no Espírito Santo ou em outras localidades do Brasil.
O alvo principal da ação desta quarta, preso em Goiânia, é um conhecido criminoso das autoridades europeias. Ele é italiano e membro da temida ’Ndrangheta, organização mafiosa que controla parte significativa do tráfico de cocaína com destino à Europa.
Com as medidas cumpridas nesta manhã, a Polícia Federal considera que todos os envolvidos no envio da carga apreendida na Itália foram identificados e, agora, seguirão à disposição da Justiça Federal para responderem ao processo criminal.
Os investigados poderão responder por organização criminosa, tráfico internacional de drogas e, eventualmente, lavagem de capitais. Se os réus forem condenados, as penas aplicadas podem passar de 30 anos.