PF prende dupla que lucrou R$ 350 milhões levando cocaína em caixões
Os traficantes foram investigados no âmbito da Operação Ataúde 2, deflagrada em setembro do ano passado
atualizado
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Dois traficantes suspeitos de transportar entorpecentes dentro de carros funerários e caixões, para despistar policiais em eventuais abordagens, foram presos nesta segunda-feira (5/2) pelas polícias Federal, Civil e Militar. Os criminosos estavam escondidos na cidade de Sepetiba (RJ), na casa de um homem. Foragido, ele é o segundo na hierarquia de uma facção criminosa.
Os suspeitos foram investigados no âmbito da Operação Ataúde 2, deflagrada em setembro do ano passado. A ação teve como objetivo desarticular quadrilhas envolvidas com o tráfico de drogas em Governador Valadares (MG). Durante as investigações, órgãos de controle identificaram movimentações financeiras suspeitas que somavam mais de R$ 350 milhões.
Os presos são: Alexsandro Lopes da Silva Junior, o Bocão, de 26 anos, e Simão Timóteo de Oliveira, de 28. Jamile Kesia Oliveira Rodrigues, de 36, também foi presa durante a operação.
O principal grupo investigado, segundo a PF, também alimentava diversas quadrilhas, em vários estados da Federação, e era responsável pela remessa de quase 150kg de drogas para cidades mineiras.
Um dos líderes da associação criminosa está preso e controla as atividades de tráfico de dentro do presídio. Recentemente, ele foi condenado a 26 anos de prisão por homicídio.
Toque de recolher
O criminoso que escondeu os foragidos era procurado desde 2021, ocasião em que não retornou da saída temporária. Ele foi condenado por crimes contra a vida e tráfico de drogas.
O suspeito é apontado como o responsável pelo “toque de recolher” imposto no bairro Santa Helena, em Valadares, no último dia 15 de janeiro. Informações indicam que o homem entrou em contato telefônico com os comerciantes, além de enviar diversas mensagens por diferentes aplicativos, gerando temor entre os moradores da região.
Os presos foram conduzidos à delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, onde ficarão à disposição do Poder Judiciário.