PF desmantela esquema de garimpo ilegal no Pará; uma mulher é presa
Além da prisão da mulher, outros 15 trabalhadores foram encontrados em situações análogas a escravidão
atualizado
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A Polícia Federal (PF) e o Ibama realizaram, nesta quinta-feira (14/12), a operação Sítio Boa Sorte, em um garimpo ilegal no sudeste do Pará. Durante a ação, a dona do garimpo foi presa em flagrante e outras 15 pessoas encontradas em situações análogas a escravidão, além da apreensão de diversos equipamentos de extração de ouro.
O Ministério do Trabalho e o Ministério Publico do Trabalho também serão acionados para atuarem na situação dos trabalhadores, que estavam em situação degradante.
Veja:
Escavadeira, mil litros de combustível e sete motores bomba foram apreendidos. O garimpo de ouro ilegal tem uma área de, aproximadamente, 10 hectares e os resíduos de garimpagem estariam se sedimentando no leito do curso d’água dos rios da região, principalmente no Rio da Direita, afluente do Rio Cajazeiras, que deságua no Rio Tocantins. O valor do ouro extraído ilegalmente está estimado em R$ 5,7 milhões, com impacto socioambiental no valor de aproximadamente R$ 22,3 milhões.
A extração ilegal do ouro causa poluição aos rios que abastecem a região, além de contaminar o solo. Os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, de usurpação de recursos da União (extração ilegal de minério), associação criminosa, dentre outros. A operação segue em andamento.
Estas operações são desdobramentos de outras recentes. Em novembro do ano passado foi deflagrada a operação Curto-circuito, por conta da ameaça ao linhão de Belo Monte. Em fevereiro deste ano, a PF voltou a reprimir o crime, dessa vez em pontos próximos a outro linhão, o Xingu-Rio. Nessa operação, foi feito bloqueio de bens avaliados em R$ 361 milhões.