PF prende 2 servidores da Receita em ação contra tráfico internacional
Justiça determinou o sequestro de bens e valores que ultrapassam R$ 30 milhões; policiais cumprem 31 mandados de busca e apreensão
atualizado
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Na manhã desta quarta-feira (17/8), a Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, prendeu dois servidores no âmbito da Operação Ártemis. O objetivo é desarticular uma organização criminosa composta por agentes públicos e empresários, acusados de crimes como corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O bando agia também no exterior.
Policiais federais cumprem 31 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em residências, empresas e escritórios vinculados à organização criminosa. Além das prisões e buscas realizadas, foram sequestrados bens e valores que ultrapassam o montante de R$ 30 milhões.
Durante as buscas, a PF encontrou e apreendeu dinheiro em espécie – dólares e notas de R$ 100. O total apreendido ainda não foi informado pela corporação.
Veja a operação:
Os mandados são cumpridos na capital carioca e Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro; Santos e São Vicente, em São Paulo; Belo Horizonte, em Minas Gerais; Vitória, no Espirito Santo; e Maceió, capital de Alagoas.
A investigação teve início em 2020 a partir da comunicação feita pela Receita Federal à PF, após ações corretivas coordenadas pelo Fisco no Porto de Itaguaí, quando foram detectadas condutas suspeitas de servidores e agentes externos.
Com o aprofundamento das investigações, descobriu-se a participação de várias outras pessoas em conluio no contrabando, facilitação de contrabando, tráfico de drogas e lavagem de capitais.
Devido à convergência dos investigados, a Operação Ártemis está sendo deflagrada, simultaneamente, com a operação Efeito Cascada, em São Paulo, e ambas contaram com a participação de mais de 150 policiais federais por todo o país.