PF: pai e filho são presos por vender dados de autoridades na internet
Além dos mandados de prisão, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados
atualizado
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A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira (1º/2), três mandados de prisão preventiva no âmbito da Operação I-Fraude, que desarticulou organização criminosa responsável pela invasão de sistemas federais e venda de dados pessoais por meio de painéis de pesquisas. Dois dos alvos são pai e filho, moradores de São Paulo.
Os mandados judiciais, expedidos pela 12ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, foram cumpridos em Campinas (SP) e Caruaru (PE). Foi determinado ainda o bloqueio de até R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados.
Com 10 mil assinantes e mais de 10 milhões de consultas mensais, o grupo de hackers disponibilizava dados de autoridades e personalidades da mídia.
A PF identificou que os criminosos invadiram banco de dados de sistemas federais. Dessa forma, informações pessoais de milhares de pessoas estavam disponíveis para consulta indiscriminada, inclusive por criminosos.
Entre os usuários, foi possível identificar membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança. Aos policiais os criminosos ofereciam o serviço de forma gratuita. No entanto, o servidor precisava enviar – para comprovação de identidade – foto da carteira funcional. Dessa forma, os criminosos obtiveram cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública e também forneciam esses dados.
As penas para o crime de invasão de dispositivo informático, lavagem de bens ou valores e organização criminosa podem chegar a 23 anos de reclusão.