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PF prende Reis da Soja em megaoperação contra contrabando bilionário

Os Reis da Soja movimentaram 3,5 bilhões de reais em cinco anos e utilizavam criptoativos para pagamento de fornecedores no exterior

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PF prende Reis da Soja em megaoperação contra contrabando bilionário
1 de 1 PF prende Reis da Soja em megaoperação contra contrabando bilionário - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (5/12,) as operações Dangerous e Paschoal, para desarticular organização criminosa responsável por esquema bilionário de contrabando de grãos, especialmente soja e milho, e agrotóxicos trazidos da Argentina para o Brasil por portos clandestinos às margens do Rio Uruguai.

A ação mobiliza 200 policiais federais para o cumprimento de 59 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão nas cidades de Palmeira das Missões (RS), Rodeio Bonito (RS), Cerro Grande (RS), Três Passos (RS), Tiradentes do Sul (RS), Horizontina (RS), Crissiumal (RS), Santo Ângelo (RS), Condor (RS), Tuparendi (RS), Santana do Livramento (RS), Itapema (SC), Itaí (SP), Palmas (TO) e São Luís (MA).

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Operação foi deflagrada pela PF
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Ação ocorreu na manhã desta terça-feira (5/12)

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Também são executadas medidas de bloqueio de contas bancárias vinculadas a pessoas físicas e jurídicas, num total de aproximadamente R$ 58 milhões, e sequestro e arresto de automóveis e imóveis de luxo e de uma aeronave com valor estimado em R$ 3,6 milhões.

As investigações iniciaram em 2022 e apuraram que a organização criminosa dos chamados Reis da Soja é formada por três núcleos que atuam, de forma coordenada, entre os detentores dos portos clandestinos, os beneficiários, os revendedores das mercadorias contrabandeadas e os operadores financeiros.

Lavagem de dinheiro

Por meio de doleiros, o grupo realizava diversas operações cambiais à margem do sistema legal para promoção de evasão de divisas com a finalidade de pagar fornecedores da mercadoria no exterior, e duas das empresas utilizadas com esse propósito adquiriram criptoativos na ordem de R$ 1,2 bilhões.

Segundo a PF, toda a operação criminosa é amparada pela utilização de documentação fraudada, como notas de produtores rurais lançadas para justificar o grande volume de grãos contrabandeados comercializados ou emitidas por empresas de fachada.

O volume de mercadorias internalizadas e os valores empregados para evasão de divisas e lavagem de capitais permitiram à organização criminosa movimentar cifra superior a R$ 3,5 bilhões de reais nos últimos cinco anos.

Durante o período de investigação, foram apreendidas 171 toneladas de soja, farelo de soja e milho, presas em flagrante 11 pessoas, e apreendidos caminhões, automóveis, vinhos e agrotóxicos. A ação conta com o apoio da Brigada Militar, da Receita Federal do Brasil, da Receita Estadual do Rio Grande do Sul e da PRF.

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