PF mira grupo que vende antidepressivo no lugar de emagrecedor natural
Inquérito foi instaurado em 2020 diante da notícia de que eram comercializados medicamentos emagrecedores como se fossem produtos naturais
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (8/2), a Operação Estrelar com o objetivo de combater o comércio ilegal de medicamentos emagrecedores em Maceió (AL). São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da capital.
O inquérito policial foi instaurado em 2020 diante da notícia de que estavam sendo comercializados medicamentos emagrecedores como se fossem produtos naturais. Os policiais federais identificaram os comerciantes e, em trabalho investigativo, adquiriram alguns desses remédios. Os produtos foram submetidos à perícia. Os peritos criminais identificaram diversas substâncias controladas, inclusive em associações proibidas.
Os produtos vendidos ilegalmente declaram conter extratos das plantas calunga, carqueja, martelinho, garfinea e aloe vera. Entretanto, as análises realizadas detectaram a presença das substâncias sibutramina, fluoxetina e furosemida.
A sibutramina é um fármaco anorexígeno, considerada capaz de causar dependência física ou psíquica. A fluoxetina é um fármaco antidepressivo, estando sujeita a controle especial somente podendo ser vendida mediante receita médica. Já a furosemida é um fármaco diurético, usado no tratamento de retenção de líquidos, edemas, hipertensão arterial e outros.
Esses medicamentos não têm autorização da Anvisa e, por conter substância de uso controlado ou proibido, foram apontados como causa da morte de uma jovem em São Paulo, na semana passada.
Os policiais federais conseguiram identificar as pessoas que, supostamente, funcionam como distribuidores em Alagoas. A venda de medicamentos falsificados, corrompidos, adulterados ou alterados é crime, com penas de 10 a 15 anos de reclusão.