PF investiga movimentação de quase R$ 4 bi em contrabando e descaminho
Durante cumprimento de mandados, investigadores apreenderam computadores, drones, celulares, microfones e diversos outros eletrônicos
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5/12), a Operação Dropship, para investigar um esquema de contrabando e descaminho envolvendo empresas que serviram apenas para emitir notas fiscais falsas.
Dois mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal foram cumpridos em Taubaté (SP). O dono de uma empresa foi preso em flagrante com produtos importados ilegalmente.
As investigações começaram após a constatação de que a empresa alvo dos mandados teria vencido licitações de órgãos públicos, mas com preços bastante inferiores aos usuais do mercado.
O inquérito policial revelou, ainda, que a empresa importaria ilegalmente os produtos e usaria outras para a emissão de notas fiscais falsas. O objetivo seria simular a compra dos bens no mercado brasileiro.
Apenas uma das empresas fornecedoras das notas falsas teria declarado quase R$ 4 bilhões em vendas, mas adquirido R$ 850 mil em produtos. Ao menos 13 companhias teriam fornecido comprovantes suspeitos aos investigados.
Durante o cumprimento dos mandados, os investigadores apreenderam computadores, drones, celulares, microfones, roteadores e diversos outros equipamentos de informática.
O dono da empresa foi preso em flagrante por descaminho, em razão do armazenamento dos bens importados irregularmente apreendidos.
Os principais crimes investigados são contrabando ou descaminho e lavagem de dinheiro, delitos cujos prazos de penas somados podem passar dos 14 anos de prisão.