PF investiga bando que movimentou R$ 4 bilhões em transações com ouro e sucatas
As investigações apontaram para a existência de um esquema de emissão de notas fiscais falsas para a obtenção de benefícios fiscais
atualizado
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A Polícia Federal e a Receita Federal deflagram, na manhã desta terça-feira (16/5), a Operação Gauteng, para desarticular organização criminosa dedicada a fraudes fiscais com atuação nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Na ação, foram mobilizados 280 policiais federais e servidores da Receita para a execução de 59 mandados de busca e apreensão e de ordens judiciais expedidas pela Justiça Federal para o bloqueio de imóveis, contas bancárias e arrecadação de bens que venham a ser identificados em poder da organização criminosa.
Por meio de cruzamento de dados e de uso de informações de inteligência, a Receita Federal detectou indícios de que empresas inexistentes (de fachada, conhecidas como noteiras) emitiram R$ 4 bilhões em notas fiscais falsas para a obtenção de benefícios fiscais a um grupo, composto por empresas que trabalham com metais e sucatas.
Com base nas informações constatadas, a Polícia Federal instaurou inquérito em dezembro de 2021. Diversas empresas foram abertas em nome de laranjas, beneficiárias do Auxílio Emergencial, que movimentaram quantias expressivas em contas bancárias.
Além de operações com sucatas, o operador do esquema transacionou bilhões em notas fiscais de ouro. Há suspeitas de que essas transações possam estar relacionadas a crimes de lavagem de dinheiro, extração ilegal de minérios, sonegação de impostos e outros delitos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e de sonegação fiscal.