PF: grupo cria empresas de fachada para desviar R$ 1,7 bilhão do SUS
Crimes teriam envolvido licitações do Sistema Único de Saúde (SUS) e repasses de valores indevidos a servidores de prefeituras do Pará
atualizado
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Uma ação conjunta entre a Polícia Federal (PF), a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal apura crimes contra a administração pública, contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e de lavagem de dinheiro de, aproximadamente, R$ 1,7 bilhão.
A Operação Plenitude começou nas primeiras horas desta terça-feira (30/4). Mais de 150 policiais federais cumprem 49 mandados de busca e apreensão, em 33 endereços. Ao todo, 42 pessoas são investigadas, no Pará e em São Paulo.
As apurações identificaram indícios de crimes em licitações envolvendo recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e repasses de valores indevidos para servidores públicos de diversas prefeituras do Pará.
Também há indícios de lavagem de capitais, com uso de empresas de fachada e por meio da atuação de “laranjas”, além de possível evasão de divisas por meio de uma offshore localizada em paraíso fiscal.
A Polícia Federal detalhou que a principal empresa envolvida na investigação atua no Pará, com prestação de serviços de engenharia sanitária e rodoviária para entes públicos há décadas.
Além disso, ela é considerada um dos maiores credores de entes públicos no estado e teria promovido movimentações atípicas, da ordem de R$ 1,7 bilhão, de 2017 a 2022.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, sonegação fiscal e crimes contra a administração pública.