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PF fortalece combate a crimes cibernéticos no Distrito Federal

A criação do GCCASE marca uma abordagem específica para combater crimes cibernéticos relacionados ao abuso sexual infantil

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delegados da PF
1 de 1 delegados da PF - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) no Distrito Federal redobrou esforços no combate aos crimes cibernético. Um passo significativo nessa direção foi a criação do Grupo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos Relacionados a Abuso Sexual Infantil (GCCASE), vinculado à Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).

Em uma entrevista à coluna, os delegados João Thiago Pinho e Érika Castro ressaltaram a importância do novo grupo e sua contribuição na proteção das crianças e adolescentes.

Até o ano passado, a Polícia Federal possuía apenas um grupo de repressão aos crimes cibernéticos, mas a crescente complexidade e o aumento das ocorrências cibernéticas levaram à sua elevação para o status de delegacia.

De acordo com o delegado João Thiago Pinho, o fortalecimento na estrutura favorece uma maior efetividade na investigação crimes contra administração pública federal, dado que boa parte do parque de informática está sediado no DF.

“Atuamos, também, em crimes cometidos contra órgãos públicos, apurando ataques e tentativas de roubo de informações, além de casos de abuso sexual infantil”, explicou.

A criação do GCCASE marca uma abordagem específica para combater crimes cibernéticos relacionados ao abuso sexual infantil. A delegada Érika Castro, chefe do grupo, ressaltou que a Polícia Federal tem uma atenção especial a esse tipo de crime.

“A PF não tem atribuição para investigar estupro de vulnerável. Então, vamos investigar os delitos que têm transnacionalidade e são praticados por meio da internet, como produção de imagens que envolvem menores, armazenamento de conteúdo de abuso sexual infantil e outras práticas definidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Acreditamos que, se há a imagem de uma criança, houve a produção e, consequentemente, uma vítima”, destacou.

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Delegada Erika Sabino
Brasília (DF), 09/08/2023. Entrevista com a delegada Erika Sabino da Delegacia de Repressão e Crimes Cibernéticos da PF. CRIMES CIBERNÉTICOS.
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Delegado João Thiago Pinho

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Delegada Erika Sabino

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Brasília (DF), 09/08/2023. Entrevista com a delegada Erika Sabino da Delegacia de Repressão e Crimes Cibernéticos da PF. CRIMES CIBERNÉTICOS.

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Em apenas dois meses e meio de trabalho, policiais federais do DF realizaram sete operações e cinco prisões. Érika Castro destacou que a PF está atuante e atenta. “Vamos identificar as vítimas, os produtores e aqueles que armazenam o material. Esses abusadores muitas vezes ocultam sua identidade por trás de perfis falsos e se aproximam das crianças através de jogos”, alertou.

Dados

Os números alarmantes refletem a urgência das medidas adotadas pela PF. Houve um aumento de 70% nas denúncias de abuso sexual infantil do ano passado para este ano.

Segundo o relatório “Índice Fora das Sombras”, baseado em dados de 60 países e organizado pela Childhood Brasil, o Brasil ocupa a quinta posição entre os países latino-americanos com mais violações de direitos das crianças e adolescentes no que diz respeito à violência sexual.

Nos primeiros quatro meses deste ano, foram registradas 763 denúncias e 1,4 mil violações sexuais na internet. Esses números abrangem exploração sexual, estupro, abuso sexual físico e violência sexual psíquica.

A gravidade do cenário é ressaltada por dados do Ministério da Saúde, que relatam mais de 202.948 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil entre 2015 e 2021.

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