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PF prende seis terroristas que invadiram e depredaram prédios dos Três Poderes

PF deflagrou, nesta sexta-feira (27/1), terceira fase da Operação Lesa Pátria, para cumprir 11 mandados de prisão e 27 de buscas e apreensão

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1 de 1 Screenshot_11 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (27/1), a terceira fase da Operação Lesa Pátria, para identificar mais pessoas que participaram, financiaram e fomentaram os atos terroristas cometidos em 8 de janeiro, em Brasília. Na ocasião, extremistas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Seis pessoas foram detidas até as 14h30: dois em Minas Gerais, um em Santa Catarina, um no Paraná; um no DF, e outro no Espírito Santo.

Os agentes cumprem 11 mandados de prisão preventiva, além de 27 de busca e apreensão, expedidos pelo STF. Foram presos dois extremistas em Minas Gerais; um em Santa Catarina; um no Paraná; e outro no Espírito Santo. Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está entre os alvos de mandado de busca e apreensão, no DF e RJ. Ele participou do ato terrorista.

Confira onde são cumpridos os mandados de prisão:

Santa Catarina (1)
Distrito Federal (2)
Rio de Janeiro (1)
Paraná (1)
Espírito Santo (4)
Minas Gerais (2)

Entre os presos, estão os mineiros Marcelo Eberle Motta e o advogado Eduardo Antunes Barcelos — que trabalha como coordenador da assessoria jurídica da Santa Casa de Misericórdia de Cataguases (MG).

Em Juiz de Fora (MG), o alvo é Marcelo Eberle Motta, conhecido como Marcelo Mito. Coordenador do movimento “Direita Vive”, ele é conhecido na cidade, sobretudo por ofender jornalistas que trabalham no centro do município. Em uma das ocasiões, filmou intimidações contra uma equipe da TV Globo e disse que não os deixaria falar mal de Jair Bolsonaro (PL).

Outra presa na operação é Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, 67, conhecida como Dona Fátima de Tubarão. Em 8 de janeiro, um vídeo em que ela aparece durante a invasão ao Palácio do Planalto viralizou nas redes sociais. “É guerra. Vamos pegar o Xandão agora”, gritou, em referência ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Assista:

Os outros dois presos não tiveram nomes divulgados até as 9h30.

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Marcelo Mota durante carreata em apoio ao ex-presidente Bolsonaro em 2021
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Fátima de Tubarão

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Marcelo Mota durante carreata em apoio ao ex-presidente Bolsonaro em 2021

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Advogado Eduardo Barcelos

Reprodução

Veja imagens da invasão na Esplanada dos Ministérios, em 8 de janeiro:

 

 

A PF informou que os fatos investigados representam, inicialmente, crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

“As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”, informou a corporação, em nota.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, falou sobre a operação nas redes sociais. “A autoridade da lei é maior do que a dos extremistas”, disse.

Segunda fase da operação

Na segunda fase da operação, deflagrada no último dia 20, a PF prendeu Renan da Silva Sena, Ramiro Alves da Rocha, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, Soraia Baccioci e Randolfo Antonio Dias, além de mais dois suspeitos.

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Bolsonaristas ocupam o Congresso Nacional

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Bolsonaristas invadiram sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro

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A PF foi às ruas para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, expedidos pelo STF. A operação ocorreu no Distrito Federal e nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Renan Sena é ex-funcionário terceirizado Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em maio do mesmo ano, ele xingou enfermeiros que faziam protesto social contra a liberação do isolamento social. O extremista, de 58 anos, também acabou preso e solto após pagar fiança de R$ 1,5 mil por xingar o então governador Ibaneis Rocha (MDB) em junho do mesmo ano.

Sena foi preso na Candangolândia. Já Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior foi líder dos caminhoneiros e, nas eleições de 2022, chegou a se candidatar a deputado federal por São Paulo pelo PL, partido de Bolsonaro. Embora acusado de atuar na mobilização dos atos terroristas em Brasília, ele alega que não chegou à capital a tempo de participar.

No dia seguinte aos atos antidemocráticos (9/1), Ramiro esteve na Academia Nacional da Polícia Federal, no Distrito Federal, para “visitar” extremistas presos. Ele chegou a gravar um vídeo para as mídias sociais, no qual distribuía panetones de chocolate aos detidos.

O nome de Ramiro dos Caminhoneiros é frequentemente mencionado em grupos bolsonaristas, associado à arrecadação de recursos e à organização de caravanas de militantes rumo a Brasília. Ele foi encontrado pela PF no Bairro Ipiranga, em São Paulo.

A professora de libras Soraia Baccioci foi presa em Campo Grande (MS), cidade onde mora. Ela é formada em turismo e pedagogia. Randolfo Antonio Dias foi localizado pela Polícia Federal no Bairro Luxemburgo, região centro-sul de Belo Horizonte (MG). Ele é suspeito de financiar os ataques golpistas de 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes.

empresário Raif Gibran Filho, sócio-administrador do restaurante Rústico Premium Grill, na Vila de São Jorge, em Alto Paraíso de Goiás (GO), também foi um dos alvos da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, contra suspeitos de participação nos atos terroristas em Brasília, no último dia 8 de janeiro.

Durante o cumprimento do mandado de prisão, o homem pulou a janela da residência para fugir da abordagem policial.

A PF pede que, caso alguém tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, encaminhe detalhes para o e-mail: denuncia8janeiro@pf.gov.br.

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