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PF faz operação contra milícia internacional que traficava armas

Segundo a PF, grupo criminoso agia como milícia privada. Foram bloqueados mais de R$ 1 milhão em contas bancárias dos suspeitos

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A Polícia Federal deflagrou, nessa quarta-feira (24/7), a Operação Fênix, contra uma organização criminosa internacional ligada ao tráfico de armas e lavagem de dinheiro. Segundo a corporação, o grupo também agia como milícia privada.

Aproximadamente 60 agentes, incluindo equipes de Grupos Especiais, foram mobilizados para cumprir três mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão.

A operação aconteceu no Distrito Federal, em São Paulo, Paraná, Tocantins e Paraíba. A Polícia Civil da Paraíba também participou da ação, cumprindo mandados de prisão por homicídio contra os investigados.

Durante a operação, foram bloqueados mais de R$ 1 milhão em contas bancárias dos suspeitos, além de serem apreendidos bens móveis.

Milícia privada

Os investigados são suspeitos de integrar uma facção criminosa de atuação internacional e de formarem uma milícia privada, envolvida em disputas territoriais no interior da Paraíba.

Investigações preliminares revelaram que o grupo era responsável pela introdução de armas ilegais no Brasil, oriundas do Paraguai, que eram posteriormente adulteradas e distribuídas para práticas ilícitas.

As penas pelos crimes identificados até o momento podem ultrapassar 34 anos de reclusão. A Polícia Federal segue investigando e não descarta novas prisões ou apreensões conforme a operação avança.

Rei do Skunk

A ação é um desdobramento da Operação Rei do Skunk, realizada em dezembro de 2023, em Brasília, que revelou ligações dos investigados com o furto à Associação dos Cambistas Paraguaios em Ciudad del Este. O trabalho contou com apoio da Polícia Militar (PMDF).

Na ocasião, foram cumpridas 43 ordens judiciais, todas expedidas pela Justiça Federal do DF, sendo nove mandados de prisão temporária, 14 de busca e apreensão, três medidas cautelares diversas da prisão.

A PF também atacou o patrimônio de 17 pessoas físicas e jurídicas investigadas, e que englobam o bloqueio de R$ 12 milhões obtidos a partir dos crimes investigados.

Durante o cumprimento das decisões judiciais, foram apreendidos diversos veículos de luxo, além de aproximadamente R$ 100 mil em espécie.

Os investigadores apreenderam sete armas de fogo, mais de mil munições, 28 celulares lacrados, sem comprovação de nota fiscal, e diversas ampolas de anabolizantes.

Transporte

Segundo as investigações, foi constatado que empresas atuantes no transporte de mudanças interestaduais, sediadas no DF, estão sendo utilizadas para operacionalizar o transporte de grandes quantidades de drogas e armas.

Os produtos ilícitos são armazenados em galpões vinculados aos investigados e, posteriormente, são destinados a abastecer grupos criminosos com atuação no DF, Entorno e em outras unidades da federação.

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