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PF faz operação contra abuso sexual infantil em 20 estados e no DF

Um brasileiro utilizava a deepweb para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil do mundo

atualizado

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (3/12), a Operação Lobos II, que desarticulou um grupo de criminosos que utilizava a darkweb para a difusão de material de abuso sexual infantil no Brasil e em diversas partes do mundo. Segundo a corporação, trata-se de uma ação de grande relevância no combate a esse tipo de atividade criminosa, em razão do volume de material produzido e da periculosidade dos alvos.

A PF estabeleceu parcerias com forças policiais de diversos países, desde 2016, com o objetivo de identificar indivíduos que se utilizavam da darkweb para difundir material de abuso sexual infantil.

Os criminosos atuavam mediante divisão de tarefas (arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens, entre outros), com a finalidade de produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e, ainda, alimentar a demanda por esse tipo de conteúdo.

A união internacional de esforços permitiu a identificação de um  brasileiro que utilizava a deepweb para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores.

Os sites e os fóruns da darkweb eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de até 5 anos, violência sexual com tortura, além de abuso sexual de meninos e meninas.

Os sites eram utilizados por mais de 1,8 milhão de usuários em todo o mundo para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, dando a dimensão da necessidade do enfrentamento aos principais fomentadores deste tipo de conduta delituosa.

Prisão

A PF, capitaneando no Brasil a união internacional, identificou e prendeu o principal responsável pelos sites voltados para o abuso sexual de crianças e adolescentes, em uma ação batizada de Operação Lobos. À época, o esforço investigativo não foi objeto de divulgação no escopo de viabilizar prisões de produtores e consumidores desse tipo de material criminoso e o resgate de crianças vítimas em todo o mundo.

Ainda, a continuidade das medidas investigativas em sigilo permitiu a identificação e localização de dezenas de indivíduos no Brasil envolvidos com a produção e divulgação de material envolvendo abusos sexuais contra crianças e adolescentes.

A Operação Lobos II cumpre 104 mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva, distribuídos em 20 estados e no Distrito Federal.

A Polícia Federal ressalta que o objetivo da ação, para além da identificação e prisão de abusadores sexuais e de consumidores desse tipo de material, visa a localização e o resgate de crianças que se encontram em situação de extrema violência.

Os crimes investigados na ação são venda, produção, disseminação e armazenamento de pornografia infantil e estupro de vulnerável, sem prejuízo de outros que possam surgir com a continuidade das investigações.

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