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PF faz duas operações contra tráfico de drogas em 5 estados e 3 países

Ações foram organizadas com agências internacionais e cumprem 86 mandados judiciais contra tráfico de drogas e lavagem de capital

atualizado

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PF/Reprodução
Polícia Federal
1 de 1 Polícia Federal - Foto: PF/Reprodução

A Polícia Federal (PF) começou a terça-feira (15/2) com duas operações de forma simultânea em cinco estados brasileiros e três países. A Turfe e a Brutium colocaram 200 agentes, auditores fiscais da Receita Federal e membros da Gaeco/Ministério Público Federal em ação contra grupos suspeitos de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Ao todo, são 86 mandados judiciais, expedidos pela 5ª e 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, para prisões, busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. Há cooperação com forças internacionais para agir no Paraguai, Espanha e Emirados Árabes.

Na operação Turfe, que tem esse nome porque a lavagem de dinheiro ocorria com a negociação de cavalos de corrida, as investigações duraram 18 meses. Os 20 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão vieram após a descoberta de uma organização criminosa que comprava droga na Bolívia e na Colômbia e fazia toda a logística de transporte, o armazenamento no Brasil e a exportação para a Europa.

Durante os 18 meses, no decorrer da fase sigilosa da ação, os policiais apreenderam mais de oito toneladas de cocaína e mais de R$ 11 milhões. O Departamento Anti-Drogas dos Estados Unidos (DEA) e a Europol trabalharam em conjunto com a PF. Aqui no Brasil, os criminosos agiam no Rio, em São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso. Lá fora, Paraguai, Espanha e Emirados Árabes foram palco da quadrilha.

Já a Operação Brutium envolve 19 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão judiciais no Rio, em São Paulo e Santa Catarina. Os trabalhos da PF começaram há dois anos, também observando o grupo agir a partir da cocaína vinda da Bolívia e do Peru. O destino: novamente a Europa. De acordo com as diligências, a organização criminosa internacional se aliou às duas maiores facções brasileiras.

Forças de segurança de França, Marrocos, Bélgica, Espanha, além da DEA (Drug Enforcement Administration), entraram em cooperação com os policiais brasileiros. Assim, foi descoberto que o grupo atuava na América Central, além de Brasil e Europa. Durante o período de investigação, mais de duas toneladas de cocaína e R$ 3,5 milhões acabaram apreendidos.

Como curiosidade, o nome Brutium vem da organização criminosa No Limit Soldiers, nascida em Curaçao, no Caribe, e que cresceu por toda a América Central e Holanda.

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