PF encontra corpos de indigenista e jornalista no AM e conclui caso
Homens que mataram as vítimas são procurados pela PF. Há novos suspeitos no cenário das investigações
atualizado
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A Polícia Federal (PF) concluiu o caso envolvendo as execuções do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, que estavam desaparecidos desde 5 de junho. Os homens que teriam assassinado as vítimas estão sendo procurados. Tratam-se de novos suspeitos no cenário das investigações. Os corpos também foram encontrados.
As informações serão reveladas durante coletiva realizada na superintendência da PF, no Amazonas.
A coluna apurou que restos humanos foram encontrados no local onde estavam sendo feitas as escavações. O material será submetido a perícia. Ainda nesta quarta-feira (15/6), autoridades responsáveis pelas investigações vão conceder entrevista coletiva em Manaus.
Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Anderson Torres, confirmou que a PF encontrou restos humanos no local indicado pelos suspeitos.
Veja:
🚨🚨Acabo de ser informado pela @policiafederal que “remanescentes humanos foram encontrados no local, onde estavam sendo feitas as escavações”. Eles serão submetidos à perícia. Ainda hoje, os responsáveis pelas investigações farão uma entrevista coletiva em Manaus.
— Anderson Torres (@andersongtorres) June 15, 2022
Ouviu os disparos
Ao longo do dia, investigadores da PF colheram novos detalhes sobre a confissão de Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, de 41 anos. O pescador ilegal revelou aos policiais que chegou a ouvir os disparos que tiraram a vida do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira.
Pelado, entretanto, negou que tenha participado diretamente das execuções. “Ele falou que, quando chegou no local, o indigenista e o jornalista já estavam mortos. Logo depois, os corpos foram parcialmente carbonizados, mas ainda poderiam ser identificados. Seu envolvimento mais efetivo teria sido ao enterrar as vítimas”, afirmou uma fonte da PF ouvida pela coluna.
A motivação da barbárie, de acordo o policial, teria sido a pesca ilegal do pirarucu na região. O peixe é uma das carnes mais apreciadas do país, especialmente na Região Norte. A reserva indígena no Vale do Javari frequentemente é invadida por pescadores irregulares. Criminosos faturam cerca de R$ 100 por cada quilo de pescado vendido.