PF: empresa de internet se alia a traficantes e instala câmeras para monitorar a polícia
Na ação, cerca de 60 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão
atualizado
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Na manhã desta quinta-feira (4/5), a Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Mega com o objetivo de desarticular associação criminosa envolvida com tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e internet clandestina na cidade de Angra dos Reis (RJ).
Na ação, cerca de 60 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão em endereços localizados nos municípios de Angra dos Reis (RJ), Nilópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ).
De acordo com as investigações, iniciadas em setembro do ano passado, uma fornecedora de internet teria se associado a traficantes locais com o intuito de impedir que outras empresas instalassem serviços de telecomunicação e internet nas comunidades de Angra dos Reis (RJ). Em contrapartida, a referida fornecedora de internet instalava câmeras para os integrantes do tráfico, as quais serviriam para monitoramento de ações policiais.
Conforme apurado, os traficantes retiravam e danificavam os equipamentos de outras empresas para possibilitar que a fornecedora de internet investigada instalasse seus aparelhos, configurando um monopólio na prestação dos serviços de telecomunicação nestas comunidades.
Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e internet clandestina. Se somadas, as penas máximas dos crimes podem chegar a mais de 30 anos de reclusão.
Sem Mega
O nome da operação consiste em um trocadilho entre o pacote básico fornecido pela empresa investigada, de 100 megas de internet, e o fato de que os moradores ficavam sem internet devido à retirada dos equipamentos de outras fornecedoras por parte dos traficantes.