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PF e Receita prendem muambeiros que abasteciam a 25 de Março

Investigação da PF apurou o envio ilegal de mercadorias por free shops uruguaios para abastecer o comércio no centro do país

atualizado

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1 de 1 imagem colorida agentes pf e receita federal - Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram, nesta terça-feira (29/08), a Operação Hangover, para desarticular grupo criminoso organizado, responsável pela importação ilícita de mercadorias a partir do Uruguai, destinadas a abastecer o comércio ilegal do país, principalmente o estado de São Paulo.

Para a execução da Operação Hangover, foram mobilizados 70 policiais federais e 10 servidores da Receita Federal do Brasil, que cumprem 11 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além de medidas judiciais para bloqueio de contas bancárias, assim como sequestro de veículos e imóveis dos suspeitos.

Ao longo da investigação, foram realizadas 26 abordagens e prisões em flagrante, que resultaram na apreensão de aproximadamente R$ 180 milhões em mercadorias como cigarros, bebidas, vestuário, óculos, calçados, cosméticos, equipamentos eletrônicos, entre outros itens diversos, além de 18 caminhões, quatro ônibus, três vans e seis veículos de passeio.

Em uma das abordagens, foram apreendidas 320 toneladas de mercadorias com valor estimado de R$ 150 milhões em uma transportadora que operava como depósito dos produtos ilícitos na cidade de São Paulo.

PF mirou operação em free shop

A investigação teve início em maio de 2022 e apurou que os líderes do grupo criminoso, através de empresas constituídas no Uruguai, importavam mercadorias da China e dos Estados Unidos, principalmente, para revender em seus free shops, localizados em Rio Branco e Acegua. Depois, desviavam os produtos para internalizá-los ilicitamente no Brasil, sem o recolhimento de impostos.

A estrutura logística do grupo criminoso contava com depósitos próximos à fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e na região metropolitana de Porto Alegre, pontos onde eram feitos o transbordo da carga. A partir do Rio Grande do Sul, a mercadoria era enviada em caminhões e ônibus para grandes depósitos na cidade de São Paulo, onde os produtos eram estocados e abasteciam o comércio na região da rua 25 de Março.

No retorno ao Rio Grande do Sul, o grupo aproveitava a mesma logística para transportar cargas de cigarro de origem paraguaia para distribuição no estado.

O nome da operação faz alusão a uma das primeiras apreensões de mercadorias realizada no âmbito da Operação Hangover (ressaca, em inglês), que se tratava de carga de bebida alcóolica.

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