PF e Depen prendem integrantes do PCC que planejavam resgatar Marcola
Mulher de Marcola é um dos alvos de busca e apreensão. Bando pretendia sequestrar autoridades e policiais em troca dos presos
atualizado
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A Polícia Federal, com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10/8), a Operação Anjos da Guarda, com o objetivo de desmantelar o plano de resgate de líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) presos nas penitenciárias federais de Brasília e Porto Velho (RO). Entre os criminosos, constava o nome de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que foi transferido de Brasília para a capital de Rondônia em março deste ano. Cynthia Giglioli da Silva, mulher de Marcola, é um dos alvos de busca e apreensão, em Alphaville (foto em destaque), na capital paulista.
De acordo com as investigações, a estratégia de fuga contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados. Esses profissionais extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate. Pelo menos quatro defensores ligados do PCC foram presos.
O plano de resgate de lideranças do PCC envolvia o sequestro de autoridades do Depen para trocá-las por presos e, ainda, a realização de atentados contra instalações do órgão para conseguir a soltura de criminosos detidos nas penitenciárias federais.
Além de Marcola, os criminosos planejavam resgatar Edmar Santos, Cláudio Barbará da Silva, Reinaldo Teixeira dos Santos, Valdeci Alves dos Santo e Esdras Augusto do Nascimento Júnior.
Barbará é um dos principais líderes do PCC e cumpre pena no Presídio Federal de Brasília. Recentemente, como mostrou a coluna Na Mira, o criminoso precisou passar por uma cirurgia nos olhos, no Hospital Universitário de Brasília (HUB), na Asa Norte, sob forte aparato de segurança. O criminoso já foi conhecido como “vice-chefe” da facção, e é considerado principal nome da “sintonia final dos estados e países”, como é chamada a cúpula do PCC.
De acordo com a apuração, para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato.
Veja imagens das buscas na casa de Cynthia Giglioli da Silva:
A operação foi batizada de Anjos da Guarda, em referência aos servidores da Segurança Pública que se esforçam e se arriscam para proteger a sociedade de criminosos.