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PF diz que não há mandante dos assassinatos de Dom e Bruno

Há indicativos da participação de mais pessoas nos crimes, mas suspeitos teriam agido sem mandante ou organização criminosa por trás

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Policiais federais carregam o caixão com os restos mortais do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, encontrados ontem na Amazônia
1 de 1 Policiais federais carregam o caixão com os restos mortais do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, encontrados ontem na Amazônia - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em nota emitida nesta sexta-feira (17/6) pelo Comitê de Crise, coordenado pela Polícia Federal no Amazonas, a corporação informa que as investigações sobre a morte do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira prosseguem e há indicativos da participação de mais pessoas nos assassinatos. Entretanto, a PF afirma que “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”.

O comunicado enviado à imprensa também cita que as buscas pela embarcação utilizada por Bruno Pereira e Dom Phillips continuam, contando, inclusive, com o apoio dos indígenas da região e dos integrantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). A PF acrescenta que, com o avanço das diligências, novas prisões poderão ocorrer.

Chegada dos restos mortais a Brasília

Os restos mortais atribuídos ao jornalista britânico Dom Phillips e ao indigenista Bruno Araújo Pereira chegaram a Brasília precisamente às 18h34 dessa quinta-feira (16/6). Desaparecidos desde 5 de junho, ambos foram executados no Vale do Javari (AM).

Os corpos desembarcaram no hangar da PF no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Os agentes retiraram os caixões da aeronave.

A partir de agora, os corpos serão submetidos a exame de identificação e perícia, que deve ser concluída até a próxima semana.

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Os dois estavam desaparecidos desde o dia 5 de junho, no Vale do Javari, no Amazonas
Após mais de uma semana de buscas, um dos suspeitos do crime confessou a execução e levou as autoridades até o local onde os corpos foram enterrados
Já em Brasília, os restos mortais vão ser submetidos a perícia
Ao menos cinco pessoas são investigadas por suposto envolvimento nas mortes. Além dos irmãos presos, um terceiro teria auxiliado na execução; outro, na ocultação dos corpos; e o quinto seria o mandante
A PF continua as buscas pelo barco em que estavam Dom e Bruno
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Os restos mortais atribuídos ao jornalista britânico Dom Phillips e ao indigenista Bruno Araújo Pereira chegaram a Brasília nesta quinta-feira (16/6)

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Os dois estavam desaparecidos desde o dia 5 de junho, no Vale do Javari, no Amazonas

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Após mais de uma semana de buscas, um dos suspeitos do crime confessou a execução e levou as autoridades até o local onde os corpos foram enterrados

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Já em Brasília, os restos mortais vão ser submetidos a perícia

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Ao menos cinco pessoas são investigadas por suposto envolvimento nas mortes. Além dos irmãos presos, um terceiro teria auxiliado na execução; outro, na ocultação dos corpos; e o quinto seria o mandante

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A PF continua as buscas pelo barco em que estavam Dom e Bruno

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Veja o momento da chegada dos corpos:

 

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Polícia Civil do AM faz investigações sobre assassinatos de Dom e Bruno
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As vítimas

Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Ele foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. Em 2019, após combater mineração ilegal em terras indígenas, Bruno foi dispensado do cargo de chefia.

A exoneração do servidor ocorreu no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas.

O indigenista estava licenciado da Funai e fazia parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Bruno era alvo constante de ameaças, devido ao trabalho desempenhado junto aos indígenas, contra invasores.

Jornalista preparava livro

Dom Phillips era jornalista colaborador do veículo britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador.

Com apoio da Fundação Alicia Patterson, Phillips trabalhava em um livro sobre meio ambiente.

Além do Guardian, Phillips já havia publicado textos no Financial Times, no New York Times, no Washington Post e em agências internacionais de notícias.

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