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PF faz buscas no DF em ação contra fraude de R$ 50 milhões ao Auxílio Emergencial

Policiais federais cumprem mandados de busca e de prisão, em 12 estados e no DF. Grupo é investigado por fraudes ao Auxílio Emergencial

atualizado

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1 de 1 Policia Federal - Foto: Policia Federal/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Apateones, para desarticular organização criminosa espalhada pelo país e suspeita de cometer fraudes ao programa Auxílio Emergencial. A ação ocorre na manhã desta terça-feira (7/3).

Após análises de relatórios de inteligência financeira e quebra de sigilos bancários, estima-se que a organização criminosa tenha movimentado valores acima de R$ 50 milhões, com mais de 10 mil contas fraudadas.

A investigação começou em agosto de 2020, com base em informação encaminhada pela Caixa Econômica Federal à PF, em Brasília. O banco passou à corporação dados sobre 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados, no valor total de R$ 54,6 mil, e desviados para duas contas bancárias de pessoa física e jurídica, em Indaiatuba (SP).

A Delegacia de Polícia Federal em Campinas instaurou inquérito para apurar o caso. O rastreamento inicial das transações mostrou que alguns envolvidos nas fraudes estavam nos estados de Goiás e Rondônia — este último, local de residência de parentes da pessoa física que morava em Indaiatuba.

Em uma segunda fase da investigação, verificou-se que os beneficiários receberam valores provenientes de cerca de 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias.

Força-tarefa

A operação é resultado de uma união de esforços denominada Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), da qual participam PF, Caixa Econômica, Ministério Público Federal (MPF), Ministério da Cidadania, Receita Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU).

O objetivo da atuação interinstitucional, segundo a Polícia Federal, é a identificação sistemática de fraudes massivas e a desarticulação de organizações criminosas, com responsabilização dos respectivos integrantes e recuperação de valores para o erário.

Ao todo, 200 policiais federais cumprem 47 mandados de busca e dois de prisão preventiva, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas (SP), em endereços nos seguintes estados: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.

Por isso, além das buscas, a 9ª Vara Federal de Campinas autorizou o bloqueio de bens e valores em nome dos investigados. Os 37 envolvidos na operação são investigados por crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa, cujas penas somadas passam de 22 anos de prisão.

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