PF confirma quatro prisões em operação contra atos antidemocráticos
Para justificar operação da PF, Alexandre de Moraes classificou grupos que lançaram dúvidas sobre eleições deste ano como “extremistas”
atualizado
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A Polícia Federal (PF) confirmou, na manhã desta quinta-feira (15/12), que cumpre quatro mandados de prisão preventiva no Espírito Santo, no âmbito da operação ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra empresários suspeitos de financiar atos antidemocráticos, como os bloqueios de rodovias, após a proclamação do resultado das eleições.
No Espírito Santo, os policiais cumpriram 23 mandados de busca e apreensão nas cidades de Vitória, Vila Velha, Serra, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim, em face de pessoas identificadas pelas forças federais e locais de Segurança Pública. Além do Espírito Santo, a PF faz apreensões no Distrito Federal (1) e nos seguintes estados: Acre (9), Amazonas (2), Mato Grosso (20), Mato Grosso do Sul (17), Paraná (16), em Rondônia (1) e Santa Catarina (15).
Na segunda-feira (12/12), Moraes — também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — afirmou que responsabilizaria os grupos que atacam a democracia e pretendem “subverter a ordem política”.
Na solenidade de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB), o magistrado fez um discurso carregado de críticas a grupos antidemocráticos e disseminadores de desinformação, classificados pelo ministro como “criminosos”.
“Estabilidade democrática e respeito ao Estado de Direito não significam ausência de turbulências, ausência de embates ou mesmo, como se viu nas últimas eleições, ausência de ilícitos e criminosos ataques antidemocráticos ao sistema eleitoral e à própria democracia”, discursou Moraes.
“Extremistas”
O integrante da Suprema Corte deu continuidade dizendo que quem atenta contra o regime democrático será responsabilizado, e afirmou que identificou os grupos envolvidos nos protestos.
“Estabilidade democrática e respeito ao Estado de Direito significam observância fiel à Constituição, pleno funcionamento das instituições e integral responsabilização de todos aqueles que pretendiam subverter a ordem política criando um regime de exceção”, continuou Alexandre de Moraes.
Moraes classificou os grupos que tentaram lançar dúvidas sobre as eleições deste ano como “extremistas”. O presidente do TSE acrescentou que eles e os “criminosos” querem prejudicar a democracia com a disseminação de fake news.