PF apura tentativa de fraude de R$ 300 milhões ao BNDES
A investigação teve início a partir de documentos apreendidos na Operação Concierge, deflagrada em 28 de agosto deste ano
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30/10), a Operação Wolfie, com o objetivo de apurar uma tentativa de fraude ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no total de R$ 300 milhões.
A investigação teve início a partir de documentos apreendidos na Operação Concierge, deflagrada em 28 de agosto deste ano, tendo a análise de dados constatado que uma das fintechs investigadas havia protocolado um pedido de financiamento junto ao BNDES dias antes da deflagração da operação. O objetivo era a aquisição de um banco autorizado pelo Banco Central.
O pedido foi instruído com documentos falsos fabricados pelo dono da fintech em conjunto com seu contador e um lobista, que seria o responsável por suposto lobby junto ao BNDES para aprovação. O pedido foi negado dias depois da deflagração da operação Concierge.
Nesta manhã, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, na cidade de Campinas, e dois mandados de busca e apreensão, um na cidade de Campinas e outro na cidade de Hortolândia (SP), todos expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas.
Os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa, obtenção de financiamento mediante fraude e advocacia administrativa, cujas penas máximas somadas ultrapassam 25 anos de prisão.
Por meio de nota, a assessoria do BNDES informou que mecanismos de controle e governança do próprio banco identificaram a tentativa de fraude; assim, “a suposta fintech não foi habilitada e não houve qualquer liberação de recursos”.