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Fraude no cartão de vacina de Bolsonaro: ex-prefeito é alvo da PF

Alvos são Washington Reis (MDB), secretário de Transportes do Rio e ex-prefeito de Duque de Caxias, e Célia Serrano, secretária de Saúde

atualizado

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Reprodução/TV Globo
Casa onde PF cumpre mandados em operação sobre vacinação de Bolsonaro
1 de 1 Casa onde PF cumpre mandados em operação sobre vacinação de Bolsonaro - Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (4/7), a segunda fase da Operação Venire, que apura a suposta fraude nos cartões de vacinação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022.

Os alvos são Washington Reis (MDB), secretário estadual de Transportes do Rio e ex-prefeito de Duque de Caxias, e Célia Serrano, secretária de Saúde de Caxias (foto abaixo).

Casal abraçado em evento
Washington Reis e Célia Serrano

Na atual fase, são cumpridos mandados de busca e apreensão contra os agentes públicos, que seriam responsáveis por viabilizar a inserção dos dados falsos de vacinação nos sistemas do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.

O mandados foram emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A ação tem como objetivo, ainda, buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento.

Ao todo, são cumpridos dois mandados, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de Duque de Caxias (RJ).

Primeira fase

A primeira fase da Operação Venire, desencadeada em maio do ano passado, identificou a formação de uma associação criminosa para inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS, do Ministério da Saúde. Segundo a investigação, o objetivo era beneficiar várias pessoas ligadas ao círculo próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, as inserções falsas alteraram a condição de imunização contra a Covid-19 dos beneficiários e, com isso, as pessoas podem ter burlado restrições sanitárias impostas pelas autoridades do Brasil e dos Estados Unidos.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, escreveu Moraes na decisão em que autoriza a operação, datada de 28 de abril, com operação realizada nesta quarta.

A PF identificou a falsificação da carteiras de vacinação emitidas por duas secretarias de Saúde: a do estado de Goiás e a do município de Duque de Caxias (RJ), com tentativa de inserção de dados falsos em sistemas do Ministério da Saúde.

No caso do Rio de Janeiro, a falsificação ocorreu em benefício da esposa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, Gabriela Santiago Ribeiro Cid.

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Sérgio Cordeiro, ex-assessor e segurança de Bolsonaro
João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ)
Sargento do Exército Luís Marcos dos Reis
Ailton Barros ao lado de Jair Bolsonaro
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Jair Bolsonaro e Mauro Cid

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Ailton Barros ao lado de Jair Bolsonaro

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A autoridade policial identificou que Mauro Cid buscou alternativas para confeccionar um certificado físico de vacinação contendo doses da vacina contra a Covid-19 em benefício de sua esposa e também de Luis Marcos dos Reis, então um dos integrantes da Ajudância de Ordens da Presidência da República.

Também houve tentativa de incorporação do médico Farley Vinicius Alcantara, sobrinho de Luis Marcos dos Reis. Em seguida, a sociedade criminosa teve a incorporação do militar Eduardo Crespo Alves, que tentou, por intermédio de terceira pessoa ainda não identificada, inserir os dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde para emissão do certificado vacinal.

De acordo com a PF, certificados de vacinação contra Covid foram emitidos no usuário do ex-presidente Jair Bolsonaro no aplicativo ConecteSUS. Um dos documentos foi emitido um dia após a inserção dos dados supostamente falsos no sistema. A suspeita é que Cid tenha realizado essa ação.

À época, policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, no Jardim Botânico, em Brasília, e apreenderam o celular dele.

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