PF apreende armas e passaportes de financiadores dos atos de 8/1
No total, a PF cumpre 53 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal
atualizado
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Investigadores da Polícia Federal (PF) apreenderam, na manhã desta terça-feira (5/9), armas, passaportes e bens dos suspeitos de financiar a fomentar os atos golpistas do 8 de Janeiro. Trata-se da 16ª fase da Operação Lesa Pátria.
No total, são cumpridos 53 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais.
Conforme o colunista do Metrópoles Igor Gadelha revelou, entre os alvos estão uma socialite paulista e um suplente de deputado estadual do Mato Grosso do Sul.
A primeira é Marici Junqueira de Andrade Bernades. A empresária, porém, não estava em casa quando os policiais chegaram na manhã desta terça. Ela estaria na capital paulista para realização de uma cirurgia plástica.
Outro alvo da operação é o empresário Rodrigo de Souza Lins (PRTB), eleito em 2022 como suplente de deputado estadual no Mato Grosso do Sul. Nas redes sociais, Lins consuma fazer ataques a Lula e enaltecer políticos bolsonaristas, como o ex-deputado federal Daniel Silveira.
Também é alvo da nova fase da Lesa Pátria o empresário paulista Rodrigo Augusto Albani Borini. Ele é filho de Wilson Carlos Rodrigues Borini, ex-prefeito da cidade de Birigui, no interior de São Paulo.
A investigação aponta que esses empresários bancaram os ônibus que levaram os golpistas até Brasília.
Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. De acordo com as apurações, os valores dos danos causados ao patrimônio público no dia podem chegar à cifra de R$ 40 milhões.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.