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PF acha um dos relógios mais caros do mundo em ação contra doleiros

O esquema envolvia operações de trading no comércio internacional, onde a principal empresa investigada oferecia serviços de câmbio ilegal

atualizado

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Investigadores da Polícia Federal apreenderam relógios da marca suíça Patek Philippe, uma das mais conceituadas e caras do mundo, durante a Operação Palíndromo, deflagrada nesta quarta-feira (11/12).

A ação, que ocorre em conjunto com a Receita Federal, tem como objetivo desarticular uma associação criminosa estruturada e hierarquizada, composta por diversas empresas, que operava câmbio sem autorização legal, além de cometer evasão de divisas e lavagem de dinheiro, e fraudes no comércio exterior, a partir da cidade de Joinville (SC).

No mês passado a marca virou notícia após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) aparecer usando um do modelo Nautilus 5711G que atualmente pode ser encontrado com valores entre R$ 350 mil e R$ 500 mil.

A aquisição de relógios raros da Patek Philippe é diferenciada. O cliente precisa ter alguma influência, uma indicação ou aguardar anos em uma lista de espera.

Alguns modelos podem levar de sete a dez anos até que o comprador consiga adquiri-los, o que os torna ainda mais cobiçados. Há unidades que chegam a até US$ 30 milhões.

Operação

São cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, contra seis pessoas físicas e seis empresas, em endereços residenciais e comerciais nas cidades catarinenses de Joinville e Itajaí.

Além disso, foi determinado o sequestro de aproximadamente R$ 20,7 milhões em bens, incluindo embarcações, veículos de luxo, imóveis e ativos financeiros bloqueados em contas bancárias.

O esquema envolvia operações de trading no comércio internacional, onde a principal empresa investigada oferecia serviços de câmbio sem autorização legal.

Recursos eram enviados ilicitamente ao exterior através de pagamentos de importações com documentação falsa ou antiga, antecipação fraudulenta de câmbio e pagamentos a terceiros não relacionados ao negócio.

Essas ações visavam a cobrir subfaturamento de mercadorias e dissimular a origem, destino e propriedade de valores, bens e direitos, utilizando técnicas de lavagem de dinheiro como mescla, blindagem patrimonial, manutenção de sócios ocultos e empresas de fachada.

Os crimes investigados incluem operar instituição financeira sem autorização, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, integração de organização criminosa e fraudes na importação de mercadorias. As penas máximas para esses crimes podem chegar a 32 anos de reclusão.

Palíndromo

O nome da operação faz referência a uma sequência numérica que se lê da mesma forma de trás para frente, simbolizando a tentativa de ilusão e dissimulação praticada pelos envolvidos.

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