Personal que deu golpe de R$13 milhões tem passagem por Maria da Penha
Kayo Rhuan Paulista Alves tem passagens por agressão verbal e injúria. Ele foi alvo de investigação esta semana por golpes tributários
atualizado
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Kayo Rhuan Paulista Alves (foto em destaque), 35 anos, é o suposto personal trainer que aplicou um golpe de R$ 13 milhões no Distrito Federal. Antes de ser alvo da Operação Falsarius (falsário em latim), deflagrada nesta terça-feira (8/3), no entanto, o suspeito teve outras passagens pela polícia como por agressão verbal à ex-mulher e injúria.
A ocorrência de agressão foi registrada pela ex-mulher e mãe do filho de Kayo e classificada como perturbação da tranquilidade, injúria e Lei Maria da Penha. No depoimento, a mulher chegou a dizer que o personal “sempre apresentou perfil violento e que o mesmo fica mais agressivo quando é contrariado de suas vontades.” O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher I (Deam I), em 2019, seis meses após a separação do casal que ficou junto por quatro anos, segundo a polícia.
A ex-mulher de Kayo disse que ele a agredia verbalmente, por mensagens e áudios. Segundo ela, ele dizia: “Você não presta e comigo o buraco é mais embaixo; você não sabe com quem está mexendo, vagabunda”. Por isso, ela pediu medida protetiva de urgência. Na época, Kayo já trabalhava como personal trainer.
Após dar golpe de R$ 13 milhões, personal mantinha vida dupla no DF
Golpes
Com duas identidades, o suspeito trabalhava, em dias úteis, como personal trainer em academia do Noroeste e dirigia um carro popular. Aos fins de semana, porém, ostentava veículos importados e esportivos, de origem inglesa e alemã. As informações são da Polícia Civil do DF (PCDF).
Segundo os investigadores, Kayo utilizou um documento falso e abriu uma empresa de comercialização de grãos na região rural do Paranoá. Entre 2012 e 2015, ele teria praticado diversos crimes contra a ordem tributária, inclusive relacionados à sonegação de impostos. Quando passou a ser cobrado judicialmente, o suspeito não foi localizado e deixou o rombo milionário para os cofres públicos, motivo pelo qual foi expedido o primeiro mandado de prisão preventiva.
Policiais civis descobriram ainda que o suspeito utilizava outra identidade e, por isso, conseguiram localizar o homem. Após informações colhidas pelos policiais, foi expedido outro mandado de prisão preventiva, para o segundo nome utilizado pelo alvo. Os investigadores também cumpriram mandado de busca e apreensão na casa dele, no Lago Norte, onde apreenderam documentos.
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