PCDF procura integrantes da “Gang of Games” que ameaçaram 50 clientes
Quem tiver informações sobre os procurados pode entrar em contato com a Polícia Civil (PCDF), de forma anônima, pelo telefone 197
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) procura dois suspeitos de participação de uma organização criminosa especializada em extorquir dinheiro e estelionato na venda de videogames em plataformas digitais.
Uma operação policial desmantelou o grupo nesta quinta-feira (4/7), mas Rodrigo Junio Estevam Gomes, de 28 anos, e Felipe Santos Vieira, de 23 (foto em destaque), não foram encontrados e são considerados foragidos.
Quem tiver informações que possam levar aos foragidos deve entrar em contato com a PCDF, pelo telefone 197. O anonimato é garantido.
Durante a operação, a PCDF apreendeu uma coleção de games, indo de cartuchos clássicos de Mega Drive, Nintendo e Super Nintendo, até consoles de última geração, como Playstation 5.
A “Gang of Games” tinha em mão o clássico Ayrton Senna’s Super Monaco GP 2 para Mega Drive, cartucho do jogo das Tartarugas Ninja para Nintendo e a versão para Super Nintendo de Mortal Kombat 2.
Também guardavam cartuchos de games para Nintendo 64, como 007 e Diddy Kong Racing. Também comercializam títulos famosos atualmente, a exemplo de God of War: Ragnarok, para PS5.
O organização também comercializava consoles e assessórios, a exemplo de controles para PS5, N64 e XBox. Segundo a PCDF, pelos menos 50 vítimas do DF e Entorno caíram na rede chantagens e ameaças de morte, e perderam os aparelhos e dinheiro.
Foram cumpridos sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão nas regiões de Samambaia, Guará, Lúcio Costa, Feira dos Importados do SIA e Vicente Pires, todos expedidos pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga.
Reset
As apurações da Operação Reset, desencadeada pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia), tiveram início após uma vítima procurar a unidade policial para denunciar extorsão decorrente da venda de um videogame.
Os investigadores descobriram que a organização era bem estruturada, com divisão de tarefas entre seus integrantes. Uma parte do grupo era responsável por identificar potenciais vítimas que anunciavam seus produtos em plataformas digitais.
Em seguida, essas informações eram repassadas para outra parte do grupo, encarregada de ir até a casa da vítima, recolher o produto e realizar o pagamento.
Após colocar as mãos nos aparelhos, os golpistas mantinham novo contato com a vítima, alegando que o videogame apresentava defeitos. Para convencê-la, o bando enviava vídeos e fotos de peças velhas e danificadas de outro aparelho, exigindo a transferência de dinheiro para consertá-lo. Essa exigência persistia até que o grupo recuperasse todo o valor investido.
Veja ameaças e defeitos forjados feitos pela organização criminosa contra as vítimas:
Extorsão
Quando a vítima percebia que havia sido enganada e se recusava a pagar, os criminosos passavam a chantagea-la, ameaçando-a de morte. Para aumentar a intimidação, os golpistas enviavam vídeos exibindo armas de fogo e, em algumas ocasiões, chegavam a aparecer na residência da vítima.
Com o videogame em mãos e o dinheiro recuperado, uma terceira parte do grupo entrava em cena. Donos de falsas lojas virtuais e de algumas bancas localizadas na Feira dos Importados, os criminosos revendiam o videogame adquirido ilicitamente. Parte do lucro dessa venda era, então, repassada para os membros que atuavam nas fases anteriores do esquema criminoso.