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PCDF prende responsáveis por recrutar novos integrantes para o PCC

O objetivo do PCC era gerar pânico na cidade, não apenas recrutando novos integrantes, mas atacando grupos rivais, a polícia e a população

atualizado

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Divulgação/PCDF
Presa recrutadora do PCC
1 de 1 Presa recrutadora do PCC - Foto: Divulgação/PCDF

Policiais da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) prenderam um casal responsável por recrutar integrantes para a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). As prisões ocorreram no Distrito Federal, nesta quarta-feira (15/3), no âmbito da Operação Sicário.

O homem foi preso em Brazlândia, na quadra 35 da Vila São José, e a mulher, na quadra QR 512 de Samambaia. Segundo a investigação, ambos pertencem ao PCC. Na casa da mulher, foi localizada uma pistola calibre 380 e porções de maconha e cocaína. Na do homem, porções de maconha e cocaína, tudo pronto para o varejo.

De acordo com a polícia, o suspeito foi colocado no PCC pelo próprio pai, que também pertence à facção e se encontra preso na Penitenciária 1 do DF (PDF1), cumprindo pena de 53 anos de reclusão. Ele recebeu do pai a missão de “batizar” (recrutar) novos integrantes para o PCC em Brazlândia. Também tinha a missão de atacar policiais e atear fogo nos ônibus da cidade.

Em 2019, já custodiado na PDF 1, o pai do criminoso envolveu-se na transmissão de recados ameaçadores a um delegado da PCDF e à Juíza da Vara de Execução Penal do Distrito Federal, Leila Cury. Em 2018, o mesmo criminoso foi preso pela PCDF e processado pelo ataque a 22 caixas eletrônicos do Distrito Federal. Em razão dos ataques ele foi condenado a 10 anos de reclusão. Também pesam em desfavor dele condenações por tráfico de drogas, roubo qualificado, homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Em 2015, o pai do criminoso também foi surpreendido em Samambaia detendo 39 artefatos explosivos na companhia da mulher, presa na manhã desta quinta, atualmente esposa dele.

De acordo com as investigações da 18ª DP, o objetivo do PCC era gerar pânico na cidade, não apenas recrutando novos integrantes, mas atacando grupos rivais, a polícia e a população. Segundo recados transmitidos pela facção e captados pela polícia, os recrutados deveriam retomar as “guerras de sangue” da cidade.

A 18ª DP solicitou o compartilhamento dos elementos colhidos com a VEP, para fins de inclusão do pai do preso no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

“Há 10 anos, criminosos de Brazlândia matavam uns aos outros em disputas de bairro, chamadas de “guerras de sangue”. Atualmente, alguns filiaram-se ao Comando Vermelho e PCC, buscando maior lucratividade na venda de drogas. Cabe à Polícia Civil a identificação e responsabilização dos faccionados para restabelecimento da ordem pública”, afirmou Fernando Cocito, delegado-chefe da 18ª DP.

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