PCDF prende irmãos que levaram R$ 3 mi de joalheria do ParkShopping
Crime ocorreu em 29 de maio deste ano. Os criminosos acessaram a loja por meio do teto de gesso do shopping, onde passaram horas
atualizado
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Na manhã desta terça-feira (14/6), a Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), prendeu dois irmãos suspeitos de assaltarem uma joalheria do ParkShopping, em 29 de maio deste ano. Eles levaram R$ 3 milhões em joias e relógios.
De acordo com as investigações, os criminosos teriam acessado o teto de gesso do shopping por meio de um alçapão do banheiro que fica ao lado da joalheria. Em seguida, seguiram até a loja e, após o rompimento do gesso, acessaram o estoque da loja.
Os criminosos teriam passado horas no teto de gesso, onde, inclusive, se alimentaram. Parte dos objetos usados no arrombamento foi abandonada no local.
Os dois irmãos presos já se envolveram em empreitadas semelhantes e, em razão de investigações de 2018 da DRF, foram recentemente condenados por roubo e por fazer parte de uma organização criminosa. Um deles estava em prisão domiciliar e o outro cumpria pena de 12 anos de reclusão no regime semiaberto.
Histórico
Em 2018, a polícia prendeu ambos no âmbito da Operação Edge, também da DRF. A corporação identificou a organização criminosa interestadual voltada a roubos de joias e aparelhos celulares em estabelecimentos comerciais. À época, apurou-se que o grupo praticou 37 assaltos no Distrito Federal e estados como Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Sergipe e Rio Grande do Sul.
“Há suspeita de envolvimentos dos presos em empreitadas semelhantes praticadas em outros estados. Tão logo autorizada, a DRF vai compartilhar a investigação com as outras polícias judiciárias”, disse Fernando Cocito, diretor da DRF.
Apurou-se também que o crime no ParkShopping foi praticado durante uma das saídas para trabalho do criminoso, que se encontrava no regime semiaberto. Ele cumpria pena no Centro de Detenção Provisória (CDP).
Os irmãos foram presos no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Também cumpriu-se mandado de busca e apreensão na residência deles, em Valparaíso de Goiás (GO).
“Coisa de cinema”
A joalheria Estasi, localizada no 2º piso do ParkShopping, foi alvo da ação de um criminoso na madrugada de 29 de maio. Imagens da câmera de segurança flagraram o momento em que o homem entra no depósito da loja e leva todas as joias do cofre.
Veja:
Cerca de 27 minutos depois do fechamento da loja, uma luz aparece vindo do forro do teto do estoque e, em seguida, o celular do autor aparece em frente à câmera, com a lanterna ligada. Nas imagens, ele aparece com balaclava preta no rosto, luvas e camisa social clara.
Por volta das 3h, desce a escada do estoque da loja, vindo do teto. O criminoso fica nos fundos da joalheria por uma hora. Segundo a polícia, nesse intervalo, o homem subiu e desceu a escada duas ou três vezes.
A proprietária da Estasi, Renata Pinhati, relatou que, quando as funcionárias abriram, no domingo, por volta das 14h, flagraram o estoque totalmente revirado. “Tudo indica que ele veio pelo teto, pois não temos imagens dele andando pela loja. O homem levou uma quantia ainda imensurável em joias, uma coleção inteira”, detalha.
De acordo com a empresária, esta foi a primeira vez que a loja sofreu um furto após o fechamento.
“Estamos todas consternadas e tristes com o ocorrido. Ele ainda deixou para trás um martelo e um pé de cabra. Foi coisa de cinema, surreal mesmo”, lamenta Renata.
O que diz a administração do shopping
Em nota, a administração do ParkShopping informou que, a respeito do furto na joalheria Estasi, permanece à disposição das autoridades de segurança pública para contribuir com as investigações que estão em andamento.
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