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PCDF prende homem suspeito de ser comparsa do pastor do golpe

O homem preso nesta sexta-feira (1º/12) é suspeito de integrar o grupo do pastor Osório José Lopes Júnior e aplicar golpes em evangélicos

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Reprodução/PCDF
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1 de 1 preso-golpe-1-compressed - Foto: Reprodução/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nesta sexta-feira (1º/12), Ancelmo Ramos dos Santos, suspeito de fazer parte do grupo do pastor evangélico goiano Osório José Lopes Júnior. Osório foi preso por formar uma rede especializada em crimes, como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos por meio de redes sociais.

Ancelmo nesta sexta atuava por meio de uma empresa de fachada dentro de um shopping na área central de Taguatinga. O local funcionaria como um falso banco digital. Ele convencia as vítimas a investirem quantias em dinheiro com a promessa de recebimento futuro de quantias milionárias que seriam pagas por meio dessa inexistente instituição financeira.

De acordo com as diligências, o investigado utiliza a internet como ferramenta para a prática dos golpes. Por meio das redes sociais, ele pregava uma “uma teoria conspiratória apelidada de Nesara Gesara”. Ele, o pastor e outros comparsas convencem as vítimas, em grande maioria evangélicas.

Uma das vítimas, em um único “investimento” de R$ 5 mil, teve a promessa de que receberia da falsa instituição 5 nonilhões de reais.

Veja o vídeo da prisão de Ancelmo:

Sobre o pastor

Suspeito de aplicar golpe milionário em mais de 50 mil vítimas no Brasil e no exterior, o pastor Osório José Lopes Júnior responde a uma série de processos de estelionato. Carismático, com oratória afiada e abusando de passagens bíblicas para reforçar um discurso de fé, o pastor ganhou fama e dinheiro nos últimos anos.

De acordo com vítimas que viram suas economias descerem ralo abaixo após falsas promessas de rentabilidade, o líder religioso moraria em uma confortável casa em um dos condomínios fechados de Alphaville, em São Paulo.

Há pelo menos nove anos, o pastor viaja país afora e, com a ajuda de arregimentadores, capta novos investidores interessados em receber até 100 vezes o valor aportado assim que os títulos estiverem prontos para ser resgatados.

Operação

Durante a segunda fase da Operação Policial que culminou na prisão do pastor, em 20 de setembro, Ancelmo foi alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão em casa e nos endereços de “fachada” das empresas em Taguating e Atibaia/SP.

Ele estava proibido de postar nas redes sociais, porém, descumpriu essa ordem judicial com reiteradas postagens nas redes de outros investigados, e na página do falso banco. Por isso, a Justiça expediu o mandado de prisão preventiva.

Ancelmo é investigado pelos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, e estelionatos por meio de redes sociais. Após os trâmites legais da prisão, ele foi encaminhado à carceragem da Polícia Civil, onde permanece à disposição da Justiça.

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