PCDF prende hacker que invadiu rede de hospital e exigiu resgate
Após invadir a rede do hospital, os hackers passaram a exigir o pagamento de vantagem indevida para não divulgar informações
atualizado
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Equipes da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), com apoio da Polícia Civil do Paraná e da Polícia Civil de Goiás, deflagraram uma operação, na manhã desta sexta-feira (29/9), para prender dois homens suspeitos de invadir o sistema de um hospital particular de Taguatinga, em setembro do ano passado.
O sistema de informática do referido hospital foi invadido por hackers, que tiveram acesso a informações privilegiadas. Eles inseriram na rede do hospital um tipo de vírus (ransomware) que tem o potencial de bloquear o acesso a todos os dados.
O mesmo sistema também já foi utilizado por outros invasores em ataques cibernéticos contra o Superior Tribunal de Justiça (STJ), Governo do Distrito Federal (GDF), Banco de Brasília (BRB) e Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) no ano passado.
Utilizado contra hospitais, o ransomware tem potencial de interromper o funcionamento de equipamentos médicos utilizados em cirurgias e demais procedimentos que dependem de acesso à rede de informática para funcionar, além criptografar informações médicas de pacientes e demais dados ligados ao funcionamento da unidade.
Após invadir a rede do hospital, os criminosos passaram a exigir dinheiro para não divulgar as informações obtidas. Porém, o programa que eles instaram não surtiu efeito graças à rápida ação da equipe de informática do hospital.
Prisões
Por meio de investigações, a equipe da DRCC conseguiu identificar duas pessoas ligadas ao ataque hacker. Nesta sexta, durante a operação, intitulada Sick Horse (cavalo doente, em inglês), o principal suspeito, de 21 anos, foi localizado e preso na cidade de Ponta Grossa (PR).
Além dele, um ex-funcionário do hospital, de 26 anos, que auxiliou o hacker na invasão, foi preso em Valparaiso de Goiás, no Entorno do DF.
A busca e apreensão na residência do hacker em Ponta Grossa contou com a participação de um perito criminal da PCDF especialista em ocorrências de invasão com emprego de ransomware.
Os indícios colhidos durante a investigação apontam para a possibilidade de o hacker de Ponta Grossa estar envolvido em outras invasões.