PCDF prende estudante que comprava pornografia infantil na darknet
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão no Sudoeste e no Guará. O suspeito é estudante de análise e desenvolvimento de sistemas
atualizado
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Policiais civis da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) deflagraram, nesta sexta-feira (13/5), a Operação Darknet contra um suspeito de comprar e armazenar pornografia infanto-juvenil.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão no Sudoeste e no Guará. Nos locais, os investigadores encontraram grande quantidade de material contendo cenas de abusos de crianças e adolescentes. O suspeito, estudante de análise e desenvolvimento de sistemas, foi autuado em flagrante e conduzido à delegacia.
O homem, de 26 anos, trabalha no RH de uma empresa e tem salário mensal de R$ 5 mil. “Ele confessou o crime e afirmou que começou a armazenar fotos e vídeos há três anos. A investigação irá apontar se ele se dedicava à venda do material”, explicou o delegado Dário Taciano de Freitas, da DRCC.
A operação contou com apoio do Instituto de Criminalística (IC) e da Divisão de Inteligência Policial (Dipo) da Policia Civil do DF, atualmente vinculada à Coordenação de Inteligência.
A ação é consequência de uma série investigações que visam promover a repressão de venda e divulgação de imagens e vídeos de exploração sexual de crianças e adolescentes na internet.
Cooperação
A apuração teve início com a Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília que desenvolveu informações sobre indivíduo que estaria promovendo a compra e venda de arquivos contendo pornografia infantojuvenil na chamada Deep Web, localizada na camada não indexável da internet. Usando a rede TOR, o mesmo protocolo que criminosos se valem para navegar anonimamente na rede.
A Divisão de Inteligência Policial (Dipo) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em apoio à Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, produziu informações em relação a comunicação do Homeland Security Investigations .
As informações seriam de que um usuário, localizado em Brasília teria efetuado a compra e possível venda de material de abuso sexual infantil através de site da Darknet.
As penas para o delito de armazenamento de imagens e vídeos de exploração sexual infantil podem chegar a 4 anos e para o crime de disponibilização/divulgação de material de pornografia infantil podem chegar a 6 anos por cada compartilhamento realizado.
Se for constado que o estudante se dedicou a vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, responderá por delito com pena de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa.
Darknet
A operação foi intitulada “Darknet” porque o indiciado confessou que adquiria os pacotes contendo arquivos de pornografia infantojuvenil em sites da camada intitulada Deep Web.
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