PCDF investiga se Don Juan da Câmara integra “rede de estelionatários”
A polícia estima que o prejuízo pode ter sido de R$ 500 mil a R$ 1 milhão
atualizado
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Após ter o casamento impedido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o estelionatário conhecido como “Don Juan da Câmara” segue sendo alvo dos investigadores. Agora, a polícia quer saber se Hudson Ferreira (foto principal), 29 anos, pertence a uma rede de estelionatários. Há suspeita de que ele tinha comparsas que o ajudavam a esconder o dinheiro das vítimas.
Conforme a coluna revelou em 5 de janeiro deste ano, o homem é investigado pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) por enganar servidoras da Câmara dos Deputados e obter vantagens financeiras.
As investidas do estelionatário impressionaram até mesmo a polícia. Ele chegou a contatar um pai de santo para fazer supostos trabalhos espirituais. A servidora desembolsou R$ 22 mil por um “ritual de descarrego”. O homem também simulava tratamentos de saúde e dizia ser vítima de assaltos para tirar dinheiro da companheira.
Morador de Planaltina de Goiás, Hudson Ferreira faz parte de uma quadrilha de estelionatários e foi alvo de busca e apreensão. As diligências ocorreram horas antes do casamento entre a vítima e o Don Juan. A cerimônia estava marcada para as 15h de 5 de janeiro, em um cartório do Plano Piloto.
Na residência do suspeito, os investigadores encontraram objetos de religião de matriz africana, apreenderam documentos, celulares e dois veículos.
Entenda o caso
A abordagem policial ocorreu em Planaltina de Goiás, poucas horas antes da celebração do matrimônio entre Hudson e a jornalista. A polícia acredita que o criminoso teria aplicado o golpe em outras servidoras do órgão.
Após intensas investigações, policiais da 8ª DP cumpriram mandados de busca e apreensão contra o autor. Os policiais apuraram que o homem, em conjunto com comparsas, teria forjado uma internação hospitalar para pedir dinheiro à vítima, com quem mantinha o relacionamento.
Em outro momento, uma suposta ex-namorada do Don Juan teria passado a ameaçar o casal. O homem chegou a narrar para a jornalista que, diante da situação, perdeu o controle, agrediu a ex, foi preso e condenado a passar por tratamentos psicológicos. A servidora também teria bancado os custos da falsa terapia.
Os envolvidos confessaram o crime. A polícia estima que o prejuízo pode ter sido de R$ 500 mil a R$ 1 milhão.