PCDF investiga perfil que divulga imagens de crianças seminuas na internet
Nos comentários, internautas alertam sobre fato de meninas que aparecem nas imagens serem crianças e mencionam perfil da Polícia Federal
atualizado
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Um perfil no Instagram tem divulgado, semanalmente, fotos e vídeos de crianças seminuas e com teor sexual. A conta, em nome de um homem, acumula 5.614 seguidores até as 11h30 desta terça-feira (7/3).
Nos comentários, internautas alertam que as meninas das imagens “são apenas crianças” e advertem sobre o crime de pedofilia. Outros, no entanto, fazem “elogios”.
A coluna Na Mira acionou a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que analisa o caso.
“Temos muitos casos como esse em investigação. Às vezes, a mesma pessoa tem contas em outras redes sociais”, afirma o delegado-chefe da DRCC, Giancarlo Zuliani. O Metrópoles não irá divulgar o nome do perfil nem reproduzir nenhuma imagem, mesmo que borrada, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A primeira publicação feita no perfil é o vídeo de um homem, supostamente administrador da página. Na gravação, ele anda por uma rua comercial enquanto ouve música. A postagem, feita em 14 de setembro de 2020, teve duas curtidas.
Os perfis que curtiram a publicação levam o mesmo nome do suposto administrador da página. Ambos também divulgam imagens de crianças e adolescentes, majoritariamente meninas, enquanto dançam e brincam. Uma das páginas tem mais de 22 mil seguidores.
Leia comentários de internautas:
Repressão
Na manhã desta terça-feira (7/3), a Polícia Federal (PF) deflagrou duas operações para reprimir o compartilhamento e a posse de imagens com conteúdo de abuso sexual infantil. A primeira ocorreu no Rio de Janeiro.
Policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão, expedido pela 2ª Vara Federal de Niterói, em um imóvel no município. Durante a operação, os policiais encontraram mais de 1 mil vídeos e 17 mil fotos de abuso sexual infantil, armazenadas em arquivos de computador pelo suspeito. Ele foi preso em flagrante.
A polícia instaurou inquérito a partir de investigações feitas pelo Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos e ao Abuso Sexual Infantojuvenil da Delegacia de Polícia Federal em Niterói.
O grupo identificou, por meio da investigação, a prática de crimes tipificados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O preso, de 38 anos, responderá pelos crimes de compartilhamento e armazenamento de imagens com menores de 18 anos em cenas com conteúdo pornográfico. Se condenado, pode receber pena de até 10 anos de prisão.
A segunda operação da PF ocorreu em Minas Gerais. Investigações no âmbito da Operação Lapa Off revelaram que um servidor de internet recebeu um upload em nuvem de centenas de arquivos com imagens e vídeos de abuso sexual de jovens e crianças.
Os investigados também teriam usado aplicativos de mensagem para venda e compartilhamento desse tipo de conteúdo. Os presos responderão por crimes cujas penas podem chegar a 10 anos de prisão, além de pagamento de multa.