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PCDF investiga ONG que mascarava tráfico de maconha com venda de canabidiol

Os dois chefes do bando foram presos em flagrante na manhã desta terça-feira (22). Ambos já possuíam antecedentes por tráfico

atualizado

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tráfico de drogas
1 de 1 tráfico de drogas - Foto: PCDF/Divulgação

Policiais da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) cumprem na manhã desta terça-feira (22/8) mandados de busca e apreensão, fazem prisões em flagrante e bloqueio de contas bancárias no Lago Norte e em São Sebastião para desarticular grupo criminoso envolvido com tráfico de maconha.

Segundo a investigação, o grupo buscava a invisibilidade ao se esconder por trás de uma suposta associação que teria a finalidade de vender o óleo de canabidiol para uso terapêutico. O nome da organização é Associação da Canabis Medicinal do Brasil (Chemps).

Conforme comprovado pelas provas colhidas durante a investigação, uma ONG supostamente oferecia tratamentos terapêuticos com o uso de óleo de canabidiol.

Os criminosos faziam ofertas da substância abertamente em redes sociais, bem como atendimentos via WhatsApp. Os policiais encontraram, na chácara de um dos líderes, uma plantação da maconha bem como o laboratório. A droga era vendida sem qualquer controle ou supervisão médica e a suposta “terapia” ofertada a altos custos.

A PCDF afirmou que os elementos de informação comprovaram que essa associação não possuía nenhuma licença para manipulação de maconha, tampouco qualquer autorização para fabricação e distribuição de canabidiol. A própria sede indicada no seu estatuto não existia. “Tudo era apenas de uma fachada para a revenda da maconha sob uma camuflagem de terapia”, destacou a corporação.

“O canabidiol é uma substância que possui efeitos terapêuticos cientificamente comprovados, inclusive já havendo chancela do Judiciário para seu uso. Contudo, não se pode confundir o canabidiol com o THC, bem como iniciarem-se plantações caseiras desautorizadas e exploração comercial lucrativa da substância. Isso não é terapia; isso é tráfico de drogas camuflado”, alertou o delegado Erick Sallum.

Os dois chefes do bando foram presos em flagrante na manhã desta terça-feira (22). Ambos já possuíam antecedentes por tráfico de drogas.
Todos os investigados foram indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro com penas somadas que ultrapassam os 35 anos de reclusão.

“A PCDF deixa o alerta de que a plantação caseira e distribuição pública de qualquer derivado da maconha caracteriza tráfico de drogas. As pessoas que realmente necessitam do canabidiol para tratamento terapêutico devem procurar órgãos autorizados após indicação médica e autorização judicial para posse da substância”, compeltou Sallum.

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