PCDF encontra correntes que marido usaria para prender mulher em casa
Segundo investigação da PCDF, o marido teria ameaçado a mulher de morte por ela praticar “viadagem de ioga”. O suspeito nega os crimes
atualizado
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O marido que foi preso por injúria, ameaça, violência doméstica e cárcere privado contra a esposa em Sobradinho, no Distrito Federal, nessa terça-feira (11/6), pretendia prender a companheira com correntes, segundo investigação da Polícia Civil (PCDF).
A corrente, uma arma e um carretel (foto em destaque) foram apreendidos com o homem, que horas antes havia ameaçado a mulher de morte por ela praticar “viadagem de ioga”. O suspeito nega os crimes (leia mais abaixo).
Veja:
A vítima relata que conseguiu fugir da casa na manhã de terça após o homem sair para comprar a corrente. Após isso, ela procurou uma conhecida, que acionou um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O caso é apurado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM).
A esposa contou que é casada com o agressor há mais de 30 anos. Ela acrescenta que já foi agredida pelo cônjuge diversas vezes, mas nunca registrou ocorrência por medo de ser morta.
A mulher acrescentiu que o marido começou a proibir sua saída de casa no último ano. Desde então, ela conversa apenas pelo portão com seus vizinhos e teve seus celulares destruídos.
Ela também seria constantemente xingada com ofensas como “desgraça”, “puta”, “vagabunda” e outros palavrões. A mulher ainda mencionou que o companheiro a ameaçou, dizendo: “Se eu te pegar fazendo viadagem de ioga, vou te jogar na piscina e fazer você beber 20 litros de água”.
Sandália
A esposa relata que, na noite dessa segunda-feira (10/6), o marido pegou uma sandália e bateu quatro vezes na perna esquerda dela. Em outros dias, o homem dava tapas e socos em sua cabeça.
Ela também afirmou que foi ameaçada com uma faca, um facão e uma arma de fogo. Nas últimas duas semanas, segundo ela, não conseguiu avisar ninguém que estaria trancada em casa e manteve contato apenas com a filha pelo telefone, sem poder informar nada.
Marido nega agressões
O suspeito negou que tenha mantido a esposa em cárcere privado, dizendo que ela poderia sair a qualquer momento. O homem também disse que ficava com o celular da mulher “apenas para saber se ela iria receber mensagens ou ligações”.
Ele relatou que não a ameaçou e que saiu para comprar corrente apenas para colocar no portão. Sobre a arma apreendida, disse que ela não é de fogo e que a utiliza “para atirar em lagartixa e latinhas”.