PCDF diz que policiais fora de serviço não podem votar armados
Decisão do TSE foi criticada pela Confederação Trabalhadores Policiais Civis, que quer direito ao armamento mesmo fora de serviço
atualizado
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O delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Robson Candido da Silva, publicou, nesta terça-feira (27/9), ordem de serviço com determinações para a categoria nas eleições, como a proibição do uso de arma de fogo na seção eleitoral para quem estiver fora de serviço.
As normas seguem resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A PCDF determina a “todos os policiais civis que não estejam em efetivo serviço policial ou devidamente escalados para atuarem no serviço eleitoral” que sigam a Resolução do TSE de 1ª de setembro deste ano.
O texto citado diz que a força armada deve ficar a 100 metros da seção eleitoral e não pode se aproximar do lugar da votação sem ordem judicial ou do presidente da mesa receptora, “nas 48 horas que antecedem o pleito e nas 24 horas que o sucedem”, exceto para “integrantes das forças de segurança em serviço junto a Justiça Eleitoral e quando autorizados ou convocados pela autoridade eleitoral competente”.
A PCDF pontuou à categoria, no entanto, que o policial civil em serviço poderá entrar nos locais de votação portando arma de fogo “na sua respectiva seção eleitoral, somente para o ato do voto, conforme regulamentação eleitoral em vigor”.
Essa mudança imposta pelo TSE para as eleições de 2022 é alvo de críticas da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). O presidente da entidade, Adriano Bandeira, questionou a determinação. “Embora tecnicamente os policiais civis tenham um horário de serviço a cumprir, por força de leis específicas, esse profissional sempre estará em serviço”, argumenta.
A Cobrapol ainda impetrou mandado de segurança coletivo preventivo contra a decisão. “O porte de arma de fogo do policial civil é prerrogativa de função, nunca sequer foi questionado o fato dele votar com ou sem arma. É um direito que sempre existiu e está sendo retirado”, afirma a organização.