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PCDF analisa se câmera flagrou momento em que PM atira em jovem

O adolescente perdeu a vida após ser alvo de tiros decorrentes de uma perseguição policial em Samambaia

atualizado

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jovem tira foto em frente à espelho
1 de 1 jovem tira foto em frente à espelho - Foto: Arquivo pessoal

A Polícia Civil do Distrito Federal mandou para o Instituto de Criminalística (IC) imagens de câmeras instaladas em uma igreja que podem ajudar a elucidar a dinâmica de como ocorreu a morte do jovem Gustavo Henrique Soares Gomes, 17 anos, atingido pela polícia, em 28 de janeiro, enquanto estava na garupa de uma moto.

As imagens estão sendo analisadas pelos peritos e o objetivo é tentar identificar em que circunstâncias ocorreu o disparo feito pelo policial militar. O laudo elaborado pelo IML será fundamental para esclarecer a trajetória do projétil que atingiu o corpo do adolescente.

“A gente está tendo bastante cautela nessa investigação, com calma e tranquilidade para apurar tudo com bastante responsabilidade. O que temos é o relato do polícia, que narrou a dinâmica do fato, no qual o jovem jogou a moto sobre a equipe e simulou o saque de uma arma”, explicou o delegado adjunto da 26ª DP, Rodrigo Carbone.

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Os policiais encontraram, em um matagal próximo ao local, um simulacro de arma de fogo. “Isso não quer dizer que esse simulacro estivesse sendo usado pelo rapaz que estava na moto. Tudo está sendo apurado”, disse o delegado.

O adolescente perdeu a vida após ser alvo de tiro decorrente de uma perseguição policial em Samambaia. A confusão começou depois que duas motocicletas furaram um ponto de bloqueio montado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Caso as provas colhidas e as evidências que estão sendo trabalhadas confirmem que o policial disparou sem ter ocorrido reação dos rapazes que estavam na moto, o militar poderá ser indiciado por homicídio qualificado.

Família organizou protesto

A família do jovem morto realizará um protesto nesta quinta-feira (10/2). Segundo os parentes do adolescente, ele não portava um simulacro de arma de fogo, como disseram os policiais, e morreu por despreparo do integrante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

“Gustavo recebeu um tiro no peito, estando na garupa, sem oferecer risco aos policiais armados. A polícia disse que Gustavo tinha um simulacro e ameaçou sacar, na tentativa de colocar mais um jovem negro como bandido, porém, as filmagens e testemunhas evidenciam que não tinha arma”, afirma o texto que chama para o protesto, divulgado no WhatsApp.

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