PCC fatura R$ 2,8 bilhões escondendo cocaína em carga de frutas
Grande parte da droga movimentada pelo grupo tinha como destino os portos da Europa
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (30/8), a Operação Pactolo, que tem como objetivo reprimir e desarticular uma célula da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) especializada no tráfico internacional de drogas, utilizando-se do Porto de Santos em São Paulo e de outros portos brasileiros.
Estima-se que os criminosos movimentaram ao menos R$ 2,8 bilhões com o esquema.
Cerca de 30 policiais federais estão nas ruas para dar cumprimento a oito mandados de busca e apreensão em endereços situados em Santos e Praia Grande, na baixada santista.
Além dos mandados, foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de 12 imóveis, como apartamentos de luxo, bem como o bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, totalizando um valor estimado de aproximadamente R$ 2,8 bilhões.
As investigações revelaram que a organização criminosa constituiu uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico internacional, que abrange desde a produção da droga no exterior, seu posterior ingresso e transporte dentro do território nacional, distribuição interna, preparação e envio dos carregamentos de cocaína para o exterior utilizando principalmente o modal marítimo. A droga era, constantemente, escondida em cargas de frutas.
Grande parte da droga movimentada pelo grupo tinha como destino os portos da Europa e, para isto, atuavam predominantemente na região do Porto de Santos.
Foram identificadas cerca de 21 apreensões no Brasil e no exterior, totalizando aproximadamente 17 toneladas de cocaína, que através de investigação foram vinculadas à atuação do grupo.
As investigações revelaram, ainda, que lideranças da organização empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos com o tráfico de drogas, para tanto, constituíam empresas fictícias.
Os investigados na operação responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro.