Patricinha deu golpe até em amigos para bancar luxo de namorados
Um dos mimos, comprado na famosa loja Mont Blanc, foi pago com o cartão de uma ex-amiga de Caroline Alves de Morais, 32 anos
atualizado
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Roupas de grife, perfumes importados, baladas sofisticadas e jantares em restaurantes de alta gastronomia. A rotina luxuosa e o glamour esbanjado nas noitadas nunca saíram do bolso de Caroline Alves de Morais, 32 anos. Conhecida como a Patricinha do Golpe, a mulher deixou um rastro de prejuízo amargado, principalmente, pelos “amigos” próximos.
A coluna conversou com ex-amigas da golpista que perderam dinheiro após terem informações dos cartões de crédito copiadas pela estelionatária. Os dados eram obtidos em festas, quase sempre em mansões localizadas em praias paradisíacas.
Veja fotos da Patricinha do golpe:
Apenas uma das vítimas, a analista de dados Evelyn Ribeiro, 31 anos, foi surpreendida com uma fatura de R$ 40 mil relacionada a compras de roupas e artigos de luxo adquiridos em algumas das grifes mais caras do mundo. “A Caroline foi esperta, pois copiou os dados do meu cartão no Réveillon e passou a fazer compras quatro meses depois para que eu não desconfiasse”, disse.
Veja vídeo da patricinha do golpe:
Presente caro
A analista contou que as compras foram feitas em sequência e sempre em valores altos. “Eu havia feito esse cartão para usar em casos de emergência, como algum contratempo durante as viagens. A Caroline sempre se mostrou muito solícita e predisposta a ajudar a organizar as viagens, passeios e eventos. Depois que os golpes vieram à tona é que muita gente está percebendo que perdeu dinheiro”, explicou.
Parte do dinheiro furtado dos amigos era investido em presentes para agradar namorados. Um dos mimos de luxo, comprado na Mont Blanc, foi pago com o cartão de Evelyn, até então amiga da golpista. “Ela sempre viveu uma vida que não era a dela. Chegava a dizer que eu deveria me vestir melhor e comprar roupas em lojas mais caras. Mas ela fazia isso com o dinheiro dos outros”, contou.
Segundo Evelyn, que mora em São Paulo, a estelionatária tinha o costume de viajar para a capital paulista apenas para frequentar baladas sofisticadas. No entanto, queria comer de graça nos restaurantes mais caros da cidade às custas dos amigos. “Em uma oportunidade, ela pediu cordeiro, um prato que custava cerca de R$ 300, mas nunca pagava. As desculpas eram muitas, mas ela sempre tirava o corpo fora na hora de pagar as despesas. Nem o Uber ela pagava, mas dava uma de milionária”, reclamou.
Réveillon golpista
Os golpes aplicados pela patricinha ganharam repercussão nacional após a coluna revelar a história de cinco empresários do Distrito Federal que denunciaram à Polícia Civil (PCDF) que ela era responsável por intermediar a locação de uma mansão em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte. A casa seria ocupada durante a semana do Réveillon deste ano. O caso é apurado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
Dois dos homens enganados revelaram à coluna que Caroline Alves forjou o contrato de aluguel da casa e embolsou um sinal de 50% do valor de R$ 48 mil investidos no imóvel de luxo. A negociação, segundo as vítimas, começou em maio deste ano, quando o grupo de amigos se reuniu para planejar as festas de fim de ano..