Pastor embolsa R$ 30 milhões da Igreja Universal e foge
O religioso, que é formado em arquitetura, foi denunciado pela direção da própria Universal, que percebeu o desfalque
atualizado
Compartilhar notícia
A direção da Universal do Reino de Deus (Iurd) denunciou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) um pastor que teria desviado cerca R$ 30 milhões da igreja.
Antigo morador de Ceilândia, o religioso, que é formado em arquitetura, foi um dos responsáveis pela construção do Templo de Salomão, erguido no bairro do Brás, em São Paulo. Ele também tocava as obras da nova sede da Universal, que ocupa uma área de 52 mil metros quadrados e fica às margens do Pistão Sul, em Taguatinga.
De acordo com a denúncia feita pelos advogados da Universal, o arquiteto e pastor teria direcionado contratos para uma construtora localizada em Portugal. Ele ainda estaria lavando dinheiro em solo estrangeiro.
Após constatar as irregularidades, a Universal entrou em contato com o suspeito, que fugiu. Até o momento, não há informações sobre o seu paradeiro. A PCDF optou por não divulgar o nome do arquiteto para não comprometer as investigações.
Novo templo
A versão candanga do Templo Salomão (projeção na imagem destacada) contará com heliponto, elevador privativo, espelho d’água, arborização, três andares de garagem subterrânea, vista livre para o céu e poderá ter até uma esteira para carregar o dízimo dos fiéis para um cofre. O novo centro terá capacidade para receber 5 mil pessoas.
No último dia 9, o Metrópoles revelou outra investigação envolvendo lideranças da Universal. Pelo menos 12 ex-pastores são acusados de desviar ao menos R$ 3 milhões de dízimos e ofertas dos cofres da entidade religiosa.
Não existe qualquer denúncia ou notícia-crime sobre o assunto apresentada à Polícia Civil do Distrito Federal, ou para outra autoridade do DF;
Por meio de nota, a Universal contestou informações apresentadas na reportagem. Segundo a instituição, “o ex-pastor em questão não trabalhou nas obras do Templo de Salomão e não existe essa ‘esteira para carregar dízimo a um cofre’ que o texto menciona”.
O comunicado também classifica a denúncia como ato de “preconceito, maldade e desinformação” praticado “contra a Universal, seu corpo eclesiástico e 7 milhões de féis”.