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Pai ameaça conselheiro tutelar após ter filhos afastados: “Dez tiros na sua cara”

Crianças foram afastadas do convívio familiar após sofrerem agressões em casa. Um dia após a decisão, pai ameaçou matar conselheiro tutelar

atualizado

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Max Kleinen/Unsplash
Imagem em preto e branco de homem apontando uma arma de fogo
1 de 1 Imagem em preto e branco de homem apontando uma arma de fogo - Foto: Max Kleinen/Unsplash

Um conselheiro tutelar de 36 anos foi ameaçado de morte pelo pai de três crianças vítimas de espancamento, no Gama. Depois de o agressor ser alvo de denúncia pelas agressões cometidas contra os filhos, o Conselho Tutelar pediu a transferência dos meninos para um abrigo público.

Na segunda-feira (3/4), um dia após a decisão pelo afastamento das crianças do convívio familiar, o agressor ameaçou dar “10 tiros na cara” do conselheiro Wallyson Handson Rocha.

A denúncia sobre o espancamento das crianças chegou ao órgão quando a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) atendeu a uma ocorrência em flagrante de agressão — mas cometida pela mãe das vítimas, que também sofria violência doméstica praticada pelo companheiro.

As vítimas foram para a delegacia. De lá, conselheiros tutelares levaram as crianças para receber acolhimento institucional. Porém, quando soube do caso, o pai dos meninos teria ido ao Conselho Tutelar no Gama para tentar intimidar Wallyson Handson.

“Ele veio ao Conselho ontem [segunda-feira], pela manhã e à tarde, ameaçando-me de morte. Falou que me daria 10 tiros na cara, que sabe onde moro, que vai me pegar e não vai descansar enquanto não fizer algo comigo”, detalhou o conselheiro tutelar.

Com medo do que o agressor poderia fazer, Wallyson Handson registrou boletim de ocorrência. O caso será investigado pela 20ª Delegacia de Polícia (Gama). “Isso nunca tinha acontecido comigo. Fiquei com receio de que algo possa acontecer comigo, com minha família. Até porque nós, conselheiros, trabalhamos e moramos na comunidade [atendida pelo órgão]”, disse.

Wallyson Hadson acrescentou que as medidas de acolhimento institucional são pedidas como último recurso. “Decidimos [por isso] porque o caso foi extremo. [Havia] muitas denúncias, agressões e várias ocorrências na delegacia [contra os pais das crianças]. Não foi uma decisão minha como conselheiro, mas do colegiado”, completou.

O Metrópoles não conseguiu contato com o pai acusado de ameaçar o conselheiro tutelar. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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