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Pai de feminicida troca tiros com policiais durante operação do MPDFT

Os mandados miram em casas de familiares do suspeito. A operação segue em curso e um alvos chegou a reagir e trocar tiros com a polícia

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1 de 1 Imagem colorida de homem com camisa cinza - Foto: Material obtido pelo Metrópoles

O pai de um feminicida trocou tiros com agentes da Polícia Civil (PCDF) durante operação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) nesta quinta-feira (8/2). O homem foi baleado na barriga e foi levado a um hospital.

A operação é focada em localizar armas de fogo ilegais vinculadas a Wesly Denny da Silva Melo (foto em destaque), 29 anos, que executou a ex-mulher no início de janeiro.

A 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Gama e a Polícia Civil do DF (PCDF) cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco endereços no Gama, onde o crime aconteceu, e em Santa Maria.

A coluna Na Mira apurou que Wesly usou uma pistola 9 mm no crime. A arma e o carro usado foram apreendidos em 11 de janeiro, no Entorno do Distrito Federal. O homem tem 11 passagens pela polícia e era considerado foragido pela polícia. Um amigo dele contou que o criminoso guardava em casa um rifle e quatro pistolas.

Os mandados miram casas de familiares do suspeito, que possui registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e matou a vítima com um tiro no rosto, quatro nas costas e um nas nádegas.

Caso a ocultação de armas e artefatos bélicos for confirmada, os responsáveis por guardar os itens podem ser denunciados pela posse irregular de arma de fogo.

A investigação do feminicídio continua e as operações de procura das armas desdobram o caso. Quando Wesly Denny da Silva Melo era considerado foragido, sua casa foi alvo de buscas. Lá foi encontrada uma arma de fogo sem registro e documentos relacionados a outras armas, inclusive um fuzil.

Os armamentos não tinham identificação nos sistemas dos órgãos responsáveis pelo registro de armas e o Ministério Público verificou a necessidade dessa busca e apreensão das peças em situação irregular.

O crime

Tainara Kellen Mesquita da Silva, 26, foi vítima de feminicídio na frente da própria filha, de 5 anos, em 10 de janeiro de 2024. O crime ocorreu na rua, na Quadra 29 do Setor Leste do Gama. O suspeito do assassinato é o ex-marido dela, Wesly Denny da Silva Melo. Ele foi preso após uma operação conjunta da Polícia Militar do DF (PMDF) e de Goiás (PMGO) em 11 de janeiro, em Santa Maria.

Tainara trabalhava em um salão de beleza perto de onde morava. O acusado enviou um WhatsApp para a vítima de um número desconhecido se passando por cliente do salão e dizendo que queria agendar um serviço.

Com objetivo de atrair Tainara para fora do estabelecimento, Wesly mentiu que estava na rua, mas não estava encontrando o endereço. Quando a vítima saiu do local de trabalho, Wesly sacou a pistola e começou a atirar. Foram 16 disparos, dos quais pelo menos seis acertaram a mulher.

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A vítima, Tainara Kelen, e o suspeito, Wesly Denny
A mulher foi morta com seis disparos de arma de fogo
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Ela trabalhava no momento em que foi morta pelo ex-marido

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Wesly Denny é suspeito do feminicídio de Tainara Kellen

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Tainara Kellen, de 26 anos, foi vítima de feminicídio pelo ex-marido

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Equipes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram acionadas, mas o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) havia chegado ao local do crime e confirmado a morte de Tainara. A ocorrência foi a primeira tipificada como feminicídio no DF em 2024.

De acordo com uma vizinha, que preferiu não se identificar, Tainara e o ex viviam terminando e se reconciliando. “Ele ameaçava ela demais, era muito possessivo”, contou.

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