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Padrasto fica “cego de raiva” por choro de enteado e estrangula menino

Caso ocorreu nesta quarta-feira (26/6) em Samambaia. O padrasto foi preso e a mãe da criança também será alvo de investigação

atualizado

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Elza Fiuza/Agência Brasil
Violência contra criança pai
1 de 1 Violência contra criança pai - Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

Um jovem de 18 anos foi preso após confessar ter esganado o enteado de apenas 2 anos. Segundo o depoimento, o rapaz esganou a criança por 40 segundos depois de se irritar com o choro do menor. A agressão ocorreu nesta quarta-feira (26/6). O menino está internado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e o caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como tentativa de homicídio por motivo torpe.

A polícia foi acionada pelos médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia, região onde a criança mora com a mãe e o padrasto. De acordo com a avaliação dos profissionais de saúde, o menino chegou à unidade com sinais de engasgo de sangue e com evidentes lesões na face, pescoço e corpo.

Quando interrogado, o jovem contou aos policiais que mantém um relacionamento com a mãe do menino há dois meses, sendo que moram juntos há 30 dias. Na mesma casa, mora uma amiga da mãe da criança — uma jovem de 15 anos que tem dois filhos também morando no local.

Nesta quarta, a mãe do menino precisou sair de casa e deixou todos os outros moradores na casa. Logo após ela sair, a amiga, de 15 anos, teria se irritado com o choro do menino de 2 anos e teria dito: “Esse menino merece levar uma taca”. O padrasto disse à polícia que concordou com a jovem e, usando uma das mãos, esganou o enteado por cerca de 40 segundos. Ele só parou quando o menino desfaleceu em seus braços.

Mordida e tapas

Depois de apagar o enteado, o suspeito disse ter ouvido a amiga da namorada incentivar um dos filhos a “morder a bochecha” da criança que estava desmaiada. A outra criança fez o que a mãe mandava.

Além disso, a jovem de 15 anos ainda teria dado um tapa na cara da criança desmaiada. Enquanto isso, o padrasto disse que saiu de casa para fumar. Ao voltar, viu que a amiga da namorada batia nas costas do menino desmaiado, tentando reanimá-lo.

Porém, ao perceberem que não estavam conseguindo acordar a criança, os dois decidiram levá-la à UPA. O padrasto contatou a namorada, mas mentiu dizendo que o menor tinha engasgado.

Depois da UPA, o menino foi levado para o HRT, onde segue internado em estado grave. Ao ser interrogado, o padrasto disse que ficou “cego” na hora e só esganou o menino por incentivo da amiga da namorada. Ele foi preso e o celular dele apreendido.

Versão da amiga

Questionada pela PCDF, a amiga da mãe da vítima disse que estava na casa quando ouviu barulhos de engasgo. Depois de um tempo, abriu a porta do quarto do filho da amiga e o viu deitado na cama desmaiado, já com as extremidades roxas dos pés e das mãos.

Ela viu que o padrasto do menino estava sentado ao lado da criança, com a lanterna do celular apontada para o rosto da criança. A jovem disse que começou a tentar reanimar o menino e percebeu que ele tinha machucados no rosto e no pescoço. Ao perceber que o filho da amiga não estava melhorando, o pegou no colo e levou para a UPA.

Ela foi liberada após o depoimento, mas será investigada. O caso está à cargo da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia). O Conselho Tutelar foi acionado e requereu medidas protetivas em favor do menino.

 

 

 

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