ONG dos EUA denunciou pedófilo brasileiro que usava bonecas para atrair crianças
A ação do pedófilo que trabalhava como motoboy e morava com os pais, em Santa Maria, era monitorada pela ONG Child Rescue Coalition
atualizado
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O motoboy de 33 anos preso pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) por armazenar e distribuir material de exploração sexual infantil na internet já estava na mira de órgãos norte-americanos. A ação do pedófilo, que morava com os pais, em Santa Maria, era monitorada pela ONG Child Rescue Coalition, que repassou informações à Polícia Civil do DF (PCDF).
A organização noticiou aos órgãos nacionais de fiscalização, dentre eles a DRCC, que o criminoso usava sempre o mesmo computador para baixar arquivos de pornografia infantil e enviá-los a uma rede formada por outros criminosos sexuais ao redor do planeta.
A coluna apurou que o o pedófilo baixava arquivos de pornografia infantil há pelo menos oito anos, por meio de programas específicos, e usava um navegador que utiliza rede de túneis virtuais que aumentam a privacidade e segurança na internet. No entanto, os dispositivos não foram suficientes para evitar sua prisão.
Veja imagens da operação:
A investigação
A operação conduzida pela DRCC resultou na apreensão de 150 gigas em vídeos de pedofilia — aproximadamente 1,7 mil arquivos. As buscas ocorreram na casa do suspeito. Chamou a atenção das equipes a grande quantidade de bonecos infantis distribuídos em diversos cômodos da residência do investigado. Os policiais acreditam que o criminoso usava os brinquedos para atrair crianças a fim de enviar vídeos de conteúdo sexual.
“O uso de bonecos infantilizados consiste em técnica conhecida para atrair crianças na internet. Entretanto, a PCDF jamais havia prendido, no Distrito Federal, um suspeito que agisse dessa forma. Outro fato a ser esclarecido é se pessoas ligadas ao investigado, igualmente aficionadas por bonecos infantilizados, também estariam usando esse instrumento para atrair menores”, informou a corporação, em nota.
Os demais fatos serão divulgados de forma mais detalhada após a análise pericial completa dos computadores dos investigados. Inicialmente, a previsão é que o preso responda pelos crimes de armazenamento e compartilhamento de material ligado a abuso sexual infantil, podendo receber pena de 4 a 10 anos de prisão.
Participaram da operação policiais da DRCC e um perito criminal do Instituto de Criminalística (IC) da PCDF.