Novo cangaço: PF prende homem que explodiu cinco bancos em 4 meses
Organização criminosa da qual o suspeito participa teria praticado crimes de roubo qualificado, na modalidade chamada de novo cangaço
atualizado
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No início da noite dessa terça-feira (1º/11), a Polícia Federal, com apoio da Delegacia de Roubos e Furtos, da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, deflagrou a Operação Dinamite 2 e prendeu suposto integrante de grupo de assaltantes a banco, na modalidade chamada de novo cangaço. O bando fez uso de explosivos contra instituições financeiras em pelo menos cinco episódios nos últimos quatro meses, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Os eventos apurados ocorreram em 9 de junho, 1º de julho, 3 de agosto e 2 e 5 de setembro deste ano, em agências bancárias situadas respectivamente nos bairros cariocas Ilha da Conceição, Niterói; Paraíso, São Gonçalo; Vila Isabel, Rio de Janeiro; Taquara, Rio de Janeiro; e Centro, São João de Meriti.
Nessas ocasiões, segundo a PF, a organização criminosa teria praticado crimes de roubo qualificado, atuando no novo cangaço.
Novo cangaço com armamento pesado
A investigação apontou que, nos assaltos, a organização criminosa atuou com cerca de 15 homens portando armas de fogo de uso restrito (fuzis), os quais roubaram veículos, fizeram reféns, subtraíram bens pertencentes a instituições financeiras, detonaram artefato explosivo, resistiram à prisão, inabilitaram estruturas de segurança, bloquearam vias de acesso e, para fugir, dispararam contra policiais militares.
Em 31 de outubro, o grupo criminoso estava prestes a desencadear outra investida do novo cangaço contra instituições bancárias localizadas na região de Angra dos Reis. Na ocasião, o bando entrou em confronto com fação criminosa rival na comunidade da Lambicada. Durante a ação, pelo menos oito dos criminosos pertencentes à quadrilha foram mortos pelos rivais.
Os integrantes do grupo serão indiciados por crime de organização criminosa majorado, roubo quadruplamente qualificado e homicídio duplamente qualificado, na forma tentada, além de resistência qualificado, o que pode cominar em condenação a pena privativa de liberdade superior a 40 anos e multa.