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Namorada de traficante “emergente” fez plástica no nariz, seios e lipo

A operadora do esquema criminoso, Cecília Calixto, fez rinoplastia, implantou próteses de silicone nos seios e repaginou o corpo com lipo HD

atualizado

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Reprodução
Mulher com nariz operado
1 de 1 Mulher com nariz operado - Foto: Reprodução

Operadora financeira da organização criminosa desmantelada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nas primeiras horas desta quinta-feira (27/6), Cecília Calixto, 28 anos, mantinha um alto padrão de vida graças aos milhares de reais depositados em sua conta bancária fruto do tráfico de drogas. Ela e o namorado, Matheus Almeida, 28,  e outros 17 comparsas são alvos de operação desencadeada nas primeiras horas desta quinta-feira (27/6).

Cecília usava suas redes sociais para ostentar um estilo de vida incompatível com a profissão de representante de vendas. Ela era proprietária de uma pequena loja de roupas que funcionaria na casa de sua mãe. No entanto, a mulher gastou uma pequena fortuna fazendo uma série de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos, devidamente publicados em seu perfil no Instagram.

Nos últimos meses, a operadora do esquema criminoso fez rinoplastia, implantou próteses de silicone nos seios e repaginou o corpo com uma lipo HD. A mulher também encomendava colares de ouro cravejados de brilhantes. Algumas das peças eram desenhadas por ela e enviadas para ourives fabricarem. A operadora costumava publicar imagens das joias em suas redes sociais. O dinheiro do tráfico ainda era usado para pagar viagens, carros e até a escola da filha.

Veja operadora financeira do tráfico ostentando:

 

Líder ostentador

Matheus Almeida, apontado como o líder da organização criminosa chegou a morar na Asa Norte, mas se mudou para Uberlândia, em Minas Gerais, onde foi preso nesta quinta. O criminoso raramente colocava as mãos nos carregamentos de droga e usava intermediários e transportadores para levar os carregamentos para o DF. Ele geralmente negociava a compra do haxixe, cocaína e drogas sintéticas em São Paulo.

Como a namorada, o traficante também gostava de ostentar nas redes sociais e era conhecido por usar um cordão de ouro maciço com um pingente no formato do rosto de Jesus Cristo. A peça é toda cravejada de brilhantes. O traficante também gostava de compartilhar viagens para destino paradisíacos e festas com público de alto poder aquisitivo.

A Operação Cesário cumpre 19 mandados de prisão temporária, 30 de busca e apreensão, além do bloqueio de 22 contas bancárias. A ação ocorre simultaneamente no DF, Minas Gerais, Alagoas e Goiás, no Entorno do DF.

Veja imagens do líder da organização criminosa ostentando com o dinheiro do tráfico:

 

A organização

Articulado, o grupo criminoso era hierarquizado e seus integrantes contavam com funções bem definidas. Os traficante faturavam fortunas com a aquisição de drogas em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraguai. Em seguida, as “mulas”  — homens e mulheres usados pelos traficantes para transportar a droga — levavam os carregamentos para o DF. Um intermediário da organização se encarregava de revender a droga para outros traficantes que atuam em várias regiões administrativas do DF.

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São cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 30 de busca e apreensão
Além disso, 22 contas bancárias foram bloqueadas
A ação ocorre simultaneamente no DF, em Minas Gerais, Alagoas e Goiás, no Entorno do DF
O alvo é uma organização criminosa especializada no tráfico de haxixe, cocaína e drogas sintéticas
A quadrilha é composta pelo casal “emergente do tráfico” e outros 17 comparsas
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Operação Cesário é deflagrada nas primeiras horas desta quinta-feira (27/6)

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
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São cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 30 de busca e apreensão

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Além disso, 22 contas bancárias foram bloqueadas

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A ação ocorre simultaneamente no DF, em Minas Gerais, Alagoas e Goiás, no Entorno do DF

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O alvo é uma organização criminosa especializada no tráfico de haxixe, cocaína e drogas sintéticas

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A quadrilha é composta pelo casal “emergente do tráfico” e outros 17 comparsas

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O líder da organização chegou a morar na Asa Norte, mas se mudou para Uberlândia, onde foi preso

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Veja carregamento de drogas repassadas pela organização criminosa a traficantes do DF:

Cofre abarrotado

De acordo com as investigações da Cord, as mulheres dos traficantes líderes do esquema eram as responsáveis por toda a operação financeira da quadrilha. O fluxo de caixa era enorme e os membros do grupo viviam constantemente em contato para trocar informações sobre o “caminho” do dinheiro amealhado com o tráfico.

Especializados na distribuição de haxixe — espécie de resina extraída da maconha com alta concentração de THC — que possui valor agregado bem mais alto que a maconha, os criminosos apostavam no transporte de pequenas cargas, mas com muito valor agregado. Parte da droga tinha como destino festas de com frequentadores de alto poder aquisitivo.

Os eventos realizados em praias no litoral baiano eram embaladas pelas drogas despejadas pelo casal emergente do tráfico. Em imagens obtidas pela coluna, os traficantes mostram fardos de dinheiro e um cofre abarrotado que, segundo um dos traficantes, guardava R$ 169 mil.

Lavagem de dinheiro

Durante as investigações, os policiais identificaram que a organização criminosa utilizava a prática de lavagem de dinheiro conhecida como “smurfing”, fragmentando depósitos bancários e pulverizando o dinheiro em diversas contas correntes, sempre em nome de laranjas. Em seguida, os valores eram gastos em viagens, joias, carrões esportivos e outros bens de consumo.

Os traficantes também utilizavam empresas de fachada para tentar ocultar a origem do dinheiro faturado com o intenso tráfico de drogas. A principal operadora financeira do esquema, Cecília movimentava a fortuna conquistada com a veda das drogas.

No período de um ano, mesmo sendo dona de uma pequena lojinha de roupas já com CNPJ baixado, Cecília recebeu em sua conta R$ 500 mil, tendo como principal destinatário dos débitos, o seu companheiro

O faturamento anual bruto da suposta empresa seria de R$ 7o mil, tendo recebido os R$ 500 mil entre agosto de 2020 e agosto de 2021. Apenas em outubro de 2021, namorada do líder da organização viu R$ 300 mil serem depositados em suas contas bancárias.

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