Na Hora: GDF investigará exposição de conteúdo íntimo de funcionárias
Secretaria de Justiça abriu investigação interna para apurar conduta de servidor comissionado que divulgou imagens íntimas de colegas
atualizado
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Diante da denúncia de que um servidor comissionado do posto Na Hora de Taguatinga teria exposto funcionárias com quem teria feito sexo durante o expediente, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) informou que abriu investigação interna para apurar o caso. A coluna Na Mira revelou o ocorrido nesta quarta-feira (20/3).
O acusado atuaria na função de chefe de núcleo e teria compartilhado vídeos sexuais das vítimas, além de mensagens com conteúdo sexual em um grupo no WhatsApp com outros gestores. A direção da Sejus encaminhou o processo à Controladoria Setorial da pasta para apuração dos fatos e investigação das denúncias.
“A Sejus trata com seriedade qualquer suspeita de conduta que viole políticas internas, padrões éticos e, principalmente, o respeito mútuo entre todos os servidores do órgão, efetivos e comissionados. A prioridade é garantir que o local de trabalho seja seguro, profissional e inclusivo para todos”, comunicou a pasta, que pretende “resolver o assunto de maneira justa, transparente e equitativa”.
“Princesinhas”
As mensagens enviadas pelo servidor comissionado seriam de visualização única. Em uma delas, há imagens íntimas de uma mulher. Antes de divulgar o conteúdo, o denunciado escreveu: “Bom dia para as princesinhas que adoram ser amantes dos chefes”. Tanto ele quanto as vítimas da exposição seriam casados e mantinham relações extraconjugais consensualmente.
Após o recebimento das mensagens, os próprios administradores apagaram o conteúdo e retiraram o gestor do grupo. Nesta etapa inicial das apurações, o Metrópoles não divulgará o nome do chefe de núcleo.
Conduta “intolerável”
O Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta (Sindireta) divulgou nota de repúdio após a repercussão do caso. “Gestores comissionados em Taguatinga se entregaram a condutas inaceitáveis, participando de práticas degradantes e humilhantes. O ambiente de trabalho foi contaminado por comportamentos abusivos e imorais, que destoam da missão e dos valores da instituição”, assinalou a entidade.
O Sindireta ainda classificou como “absolutamente intolerável” a participação de servidores em comportamentos que causam “danos não apenas à reputação da instituição, mas também à moral dos trabalhadores que ali se dedicam incansavelmente”.
A entidade acrescentou que a exoneração dos gestores envolvidos é necessária e urgente: “Que esse episódio vergonhoso sirva como um chamado à ação e provoque uma reflexão profunda sobre a importância da ética e da responsabilidade no serviço público. A população do Distrito Federal merece o melhor, e cabe aos gestores superiores garantir que o Na Hora de Taguatinga retome a posição de referência na prestação de serviços à comunidade”.
O Metrópoles tentou contato com o denunciado por meio de ligação telefônica, mas não teve resposta ou retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.