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Mulher que fingiu ser promotora foi presa após ameaçar ex dentro do MP

Dentro do Ministério Público, mulher disse que “iria atrás do ex, que os filhos dela ficariam órfãos e que já teria se despedido da família”

atualizado

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1 de 1 MPDFT - Metrópoles - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A mulher que se passou por promotora de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para coagir o ex-companheiro e a atual namorada dele foi presa nesse sexta-feira (2/2) após ameaçar uma das vítimas dentro do próprio MPDFT.

Segundo consta no mandado de prisão, expedido pela 1ª Vara Criminal de Taguatinga, a mulher procurou uma promotoria para registrar queixa após ter sido alvo de operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na quinta-feira (1º/1). No local, ela teria se exaltado e dito que “deixaria os filhos órfãos”.

“Extremamente nervosa, [a detida] disse que já tinha procurado o Ministério Publico diversas vezes e nada era feito. Asseverou que era para avisar [ao promotor] que ela estaria indo atrás [do ex-companheiro] para fazer o trabalho do Ministério Público, que os filhos dela hoje estariam órfãos, que já teria se despedido de sua família e que estava tudo gravado e iria na televisão”, menciona o documento.

De acordo com o juiz que decretou a prisão preventiva da mulher, a decisão “é imprescindível para a garantia da ordem pública”.

A prisão dela foi pedida pelo Gaeco, do MPDFT.

“No caso em exame, há provas da materialidade do delito de ameaça e indícios suficientes de autoria. Isto porque as ameaças foram proferidas dentro da própria promotoria.  Consta nos autos que a representada gera fundado e concreto risco para pessoas próximas a ela e para a incolumidade pública, estando evidenciado o seu destemor e comportamento afrontoso, sendo imperiosa a prisão para a garantia da ordem pública”, declarou o magistrado.

A suspeita foi detida na sexta-feira (2/2) por falsa identidade, usurpação de função pública e coação no curso do processo.

O caso

Segundo as apurações, a investigada fez contato com o ex-companheiro por meio de uma conta de WhatsApp, que também era falsa, cujo perfil apresentava uma “logo” do MPDFT e a palavra “plantão”.

Na ocasião, buscando fazer com que o homem acreditasse que se tratava de um contato oficial, a investigada acusou o ex-parceiro de ter descumprido as medidas protetivas que foram por ela própria requeridas.

Indicando o endereço de residência do rapaz e outros que seriam de pessoas próximas a ele, a investigada o ameaçou de prisão, insistindo que, no momento em que trocavam as mensagens, o Ministério Público e a polícia estavam realizando diligências para prendê-lo.

Durante essa troca de mensagens, a mulher apresentou o print com o nome de uma promotora de Justiça que integra os quadros do MPDFT.

Namorada atual ameaçada

Além do contato com o rapaz, a mulher remeteu mensagens, via WhatsApp, para a atual companheira dele, ameaçando-a de ser presa por acobertar o suposto investigado.

As diligências comandadas pelo Gaeco conseguiram vincular o número telefônico utilizado para a prática criminosa à investigada. As ordens judiciais foram emitidas pela Vara Criminal de Taguatinga.

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